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FMI estuda reduzir dívida de países afetados pelo ebola

Secretário do Tesouro americano, Jacob Lew, pediu nesta quarta-feira à instituição um alívio de 100 milhões de dólares da dívida a Libéria, Serra Leoa e Guiné

Profissionais da Cruz Vermelha que trabalham com vítimas do vírus Ebola retiram cadáver de casa em Freetown, Serra Leoa (Francisco Leong/AFP)

Profissionais da Cruz Vermelha que trabalham com vítimas do vírus Ebola retiram cadáver de casa em Freetown, Serra Leoa (Francisco Leong/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2014 às 16h39.

Washington - O FMI informou nesta quinta-feira que estuda reduzir a dívida dos países afetados pelo ebola, como sugeriram os Estados Unidos, e mostrou-se mais alarmado sobre o impacto econômico da epidemia na África.

"Atualmente, está em discussão", disse o porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), William Murray, interrogado sobre um possível corte da dívida dos países afetados.

O secretário do Tesouro americano, Jacob Lew, pediu nesta quarta-feira à instituição um alívio de 100 milhões de dólares da dívida aos três países mais afetados pela epidemia - Libéria, Serra Leoa e Guiné - do total de US$ 500 milhões que devem ao organismo.

O porta-voz se negou a dar detalhes e disse que o conselho administrativo do FMI, que representa os 188 países-membros, estará "implicado" na decisão final.

Ele disse, ainda, que o FMI revisará as previsões de crescimento destes três países após ter constatado um "impulso" da epidemia em cidades que até agora não eram tão afetadas.

O Fundo avalia que a epidemia, que já deixou mais de 5.000 mortos, não estará sob controle antes do segundo semestre de 2015, enquanto até agora tinha estabelecido como data possível o primeiro trimestre do ano que vem.

"Consequentemente, as perspectivas para estes países pioraram" desde o fim de setembro, quando o FMI concordou em ampliar o pacote de ajuda global em 130 milhões de dólares, informou Murray.

O FMI avalia que o ebola pode provocar a perda de 11,3% do PIB a Serra Leoa e 5,9% à Libéria (contra uma estimativa anterior de 3,5%) e 3,5% para a Guiné (contra 1,5% na previsão anterior).

"Se a epidemia atual se prolongar e estender para outros países, haverá consequências mais amplas que minem a confiança, os investimentos e as atividades comerciais", advertiu Murray, assegurando que o FMI "vigia de perto" a situação nos países vizinhos.

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