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Nu e flácido, Trump é ridicularizado em estátuas nos EUA

Estátuas apareceram misteriosamente em áreas movimentadas de grandes cidades americanas na última quinta-feira (18)

Donald Trump: Estátuas ridicularizavam o candidato republicano à presidência dos EUA (REUTERS/Brendan McDermid)

Donald Trump: Estátuas ridicularizavam o candidato republicano à presidência dos EUA (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2016 às 10h21.

Washington - Nu, flácido e com genitais minúsculos: assim foi retratado o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump, em estátuas que apareceram misteriosamente em áreas movimentadas de grandes cidades americanas na última quinta-feira (18).

As figuras, de tamanho natural, apareceram de forma simultânea em Nova York, São Francisco, Los Angeles, Cleveland e Seattle, mas na manhã de sexta-feira todas já haviam sido retiradas.

No entanto, apesar do curto período de exibição, as imagens das estátuas estão dando a volta ao mundo, já que curiosos e transeuntes, em sua maioria opositores ao magnata, se aproximaram delas para tirar fotos junto a um Trump ridicularizado.

O autor da obra, um artista de Las Vegas conhecido como "Ginger", foi escolhido para o projeto por sua longa experiência em desenhos baseados em monstros, casas assombradas e filmes de terror.

A ideia da organização anarquista Indecline, responsável pela ação, foi gestada durante meses, inspirada na história do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, " A roupa nova do imperador", um conto sobre um líder vaidoso que acaba sem roupa por puro orgulho, segundo explicou um porta-voz do coletivo ao jornal "The Washington Post".

Com a exposição das estátuas, o grupo também pretende ridicularizar a tendência de líderes autoritários de erguerem monumentos de si mesmos.

"Gostemos ou não, Trump é uma figura exuberante na cultura do mundo neste momento", acrescentou o porta-voz, que falou sobre o projeto com o jornal americano sob condição de anonimato.

"Olhando para trás na história, é assim que esses personagens foram imortalizados e idolatrados em seu tempo, com estátuas", argumentou.

As redes sociais se encheram de fotos dos usuários posando ao lado da figura ridicularizada do multimilionário. Também não faltou bom humor por parte das autoridades que tiveram de remover as imagens.

Em sua conta no Twitter, um porta-voz do Departamento de Parques de Nova York comentou ironicamente: "(O Departamento de) Parques de NYC se opõe firmemente a qualquer ereção não permitida nos parques da cidade, por menor que seja", em alusão aos genitais mínimos que Trump exibe nas esculturas.

As polêmicas estátuas apareceram vários meses depois que a organização anarquista cobriu as estrelas da Calçada da Fama de Hollywood com os nomes de cidadãos afro-americanos mortos pela polícia nos últimos meses.

Anteriormente, o coletivo também reivindicou a autoria de um mural na fronteira entre os Estados Unidos e o México no qual se vê a figura do magnata nova-iorquino com uma bola de borracha na boca e a legenda "Rape Trump" (Estuprem Trump), em clara alusão às declarações nas quais o republicano chamou os imigrantes mexicanos de estupradores.

Diante do sucesso que tiveram as recentes estátuas e da chegada das intensas semanas de campanha eleitoral, é provável que a exibição das partes íntimas do multimilionário em público não seja a última façanha com a qual o coletivo anarquista surpreenderá o público. O tempo dirá. 

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