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Fisco espanhol indica prisão de Cristiano Ronaldo por fraude

Em junho, um promotor público acusou Ronaldo de quatro delitos de fraude fiscal entre 2011 e 2014 no valor de 14,7 milhões de euros

Cristiano Ronaldo: promotoria alega que o português usou o que foi considerado uma empresa nas Ilhas Virgens para "ocultar sua renda total ao Fisco da Espanha" (REUTERS/Dylan Martinez/Reuters)

Cristiano Ronaldo: promotoria alega que o português usou o que foi considerado uma empresa nas Ilhas Virgens para "ocultar sua renda total ao Fisco da Espanha" (REUTERS/Dylan Martinez/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 11h01.

Madri - A Agência Tributária da Espanha entende que Cristiano Ronaldo deveria estar preso pelos supostos crimes fiscais cometidos no país.

Em junho, um promotor público acusou Ronaldo de quatro delitos de fraude fiscal entre 2011 e 2014 no valor de 14,7 milhões de euros (cerca de R$ 54,2 milhões).

Para a comandante da Unidade Central de Coordenação do Tesouro espanhol, Caridad Gómez Mourelo, pessoas que fizeram muito menos do que o astro português teria feito já foram detidas.

"Sinceramente, temos pessoas na prisão por terem deixado de pagar 125 mil euros", disse Caridad no tribunal no dia 7 de dezembro.

A declaração, dada a um juiz de primeira instância, foi divulgada pelo jornal espanhol El Mundo nesta terça-feira.

A promotoria alega que o português usou o que foi considerado uma empresa nas Ilhas Virgens para "ocultar sua renda total ao Fisco da Espanha".

De acordo com a promotoria, Ronaldo declarou ter recebido 11,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 42,3 milhões) entre 2011 e 2014 em um declaração de imposto de renda apresentada em 2014, mas seus ingressos reais durante esse período foram de quase 43 milhões de euros (algo em torno de R$ 159 milhões).

Ele acrescentou que o jogador afirmou falsamente que a renda era proveniente de propriedades, algo que reduziu os impostos cobrados.

Além disso, o português é acusado de se abster "intencionalmente" de declarar 28,4 milhões de euros (cerca de R$ 104,6 milhões), relacionados com a cessão de direitos de imagem para o período de 2015 a 2020 para outra empresa, localizada na Espanha.

Eleito melhor jogador do mundo pela Fifa neste ano, Cristiano Ronaldo recentemente ameaçou abandonar o Real Madrid e a Espanha enquanto estava sendo alvo de investigação por parte das autoridades.

Além dele, os argentinos Javier Mascherano (Barcelona), Angel Di Maria (ex-Real, hoje no PSG) e o colombiano Falcão Garcia (ex-Atlético de Madrid, agora jogador do Monaco) também foram investigados após serem acusados de fraude fiscal. O técnico português José Mourinho, ex-Real Madrid e atualmente no Manchester United, é outro nome que tem as finanças em xeque por suspeita de sonegação de impostos.

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