Os referendos "ilegais" de anexação no leste da Ucrânia e a suposta sabotagem dos gasodutos Nord Stream no Mar Báltico "aumentaram as preocupações", disse o ministro finlandês (Michal Fludra/Getty Images)
AFP
Publicado em 29 de setembro de 2022 às 09h37.
Última atualização em 29 de setembro de 2022 às 09h39.
Diante do elevado fluxo de chegadas procedentes da Rússia, a Finlândia fechará suas fronteiras, a partir da meia-noite (18h de Brasília), aos cidadãos russos que têm visto de turismo europeu para o espaço Schengen - anunciou o governo.
A ordem de mobilização "parcial" lançada pela Rússia, devido à guerra na Ucrânia, provocou um aumento expressivo nas entradas no país nórdico pelo território russo que "teve um impacto significativo" na decisão, afirmou o ministro finlandês das Relações Exteriores, Pekka Haavisto.
Os referendos "ilegais" de anexação no leste da Ucrânia e a suposta sabotagem dos gasodutos Nord Stream no Mar Báltico "aumentaram as preocupações", disse o ministro.
O país nórdico se alinha com a decisão adotada no início de setembro pela Polônia e pelos três países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), os demais Estados-membros da União Europeia que fazem fronteira com a Rússia.
A medida estava em discussão na Finlândia há algum tempo, devido às significativas travessias de turistas russos durante o verão (inverno no Brasil) que causaram polêmica no país nórdico. Até então, Helsinque não havia anunciado sua entrada em vigor.
"A decisão tem como objetivo impedir completamente a situação atual do turismo russo na Finlândia e o trânsito relacionado pelo país", explicou Haavisto em entrevista coletiva.
Helsinque reconheceu que sua decisão pode levar a um aumento dos pedidos de asilo e das tentativas de cruzar ilegalmente sua fronteira.
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