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Após confirmação, Putin parabeniza Biden - Bolsonaro não se pronunciou

O presidente russo estava entre um dos poucos líderes de potências no mundo que ainda não haviam parabenizado Biden oficialmente

Vladimir Putin (Adam Berry / Correspondente/Getty Images)

Vladimir Putin (Adam Berry / Correspondente/Getty Images)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 06h57.

Última atualização em 15 de dezembro de 2020 às 10h10.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou nesta terça-feira, 15, o democrata Joe Biden por sua vitória na eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos e se declarou disposto a colaborar com o americano, apesar da relação bilateral abalada.

"Da minha parte, estou pronto para uma colaboração e para estabelecer contatos com você", afirmou Putin em um telegrama, informou o Kremlin.

O presidente russo foi um dos poucos governantes que aguardou a confirmação do Colégio Eleitoral para só então felicitar o presidente eleito. A campanha do presidente Donald Trump se negou a reconhecer o resultado das eleições de 3 de novembro e tem dito que o processo eleitoral teve fraudes.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro também está na lista dos que ainda não parabenizaram Biden. Em novembro, logo após a eleição, o vice Hamilton Mourão disse que Bolsonaro talvez estivesse aguardando terminar “esse imbróglio aí de discussão se tem voto falso, se não tem voto falso, para dar o posicionamento dele”. 

Depois de votar nas eleições municipais brasileiras, Bolsonaro voltou a questionar o resultado da eleição americana. "Tenho minhas fontes [que dizem] que realmente teve muita fraude lá. Isso ninguém discute. Se foi suficiente para definir um ou outro, eu não sei", disse.

O presidente chinês, Xi Jinping, também demorou três semanas para parabenizar oficialmente Biden, mas o fez ainda em novembro, antes da confirmação do colégio eleitoral. A China está em guerra comercial com os EUA, em um embate que se intensificou nos últimos anos e no governo Trump.

Relação com a Rússia

Biden prometeu uma atitude firme com a Rússia, acusada de interferência no sistema eleitoral americano em 2016 para favorecer a eleição de Trump.

O presidente republicano sempre negou ter sido beneficiado por qualquer tipo de ação russa, assim como Putin, apesar das conclusões de investigadores americanos, que provocaram importantes sanções contra a Rússia.

No comunicado de hoje, o Kremlin disse que "Putin desejou sucesso ao presidente eleito e garantiu que está convencido de que Rússia e Estados Unidos (...) podem, apesar das divergências, resolver numerosos problemas e desafios no mundo".

(Com AFP)

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