Filho de sequestrador diz que perpétua é melhor para todos
Ex-motorista de ônibus escolar Ariel Castro, de 53 anos, se declarou culpado na semana passada em Cleveland por 937 delitos
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2013 às 13h53.
São Paulo - O filho do homem de Ohio que manteve três mulheres em cativeiro por anos disse nesta segunda-feira que estava feliz por seu pai ter admitido a culpa em um acordo que o livrou da pena de morte e poupou suas vítimas de aparecerem vezes seguidas no tribunal.
"Nos casos de pena de morte você termina indo muito para o tribunal, então elas voltariam bem mais", disse Anthony Castro na segunda-feira no programa "Today" da NBC News.
"Acho que dessa forma é muito melhor porque ele se afastou e ficará afastado pelo resto de sua vida", disse.
O ex-motorista de ônibus escolar Ariel Castro, de 53 anos, se declarou culpado na semana passada em Cleveland por 937 delitos, incluindo sequestro e estupro repetido de três jovens que ele raptou entre 2002 e 2004.
As mulheres ficaram acorrentadas e amarradas por longos períodos e eram submetidas a fome, espancamentos e ataques sexuais. Em 6 de maio, vizinhos escutaram gritos de socorro de Amanda Berry, de 27 anos, e a ajudaram a arrombar uma porta da casa de Ariel Castro, onde também encontraram Gina DeJesus, de 23; Michelle Knight, de 32, e a filha de 6 anos de idade que Amanda teve com Ariel Castro.
Anthony Castro, de 31, disse que ficou "extremamente feliz" ao escutar que as mulheres tinham sido encontradas e libertadas, mas horrorizado ao descobrir pela ligação ao 911 de Amanda que foi seu pai quem as manteve presas.
"Fiquei chocado com a magnitude de tal crime. Não acho que consiga imaginar ninguém fazendo isso, muito menos descobrir que foi minha própria carne, meu pai", disse Anthony Castro.
Ele disse que o pai dele era violento, "incrivelmente rígido" e que o espancava e a sua mãe, Grimelda Figueroa, com regularidade. Grimelda se divorciou de Ariel Castro e morreu no ano passado.
Anthony Castro disse ter visitado a casa de seu pai algumas vezes na última década, mas que não tinha ideia de que as mulheres estavam lá e não suspeitou de nada errado. Ele ficou do lado de fora ou entrou pela porta de trás e nunca passou da cozinha, falou.
Mesmo quando morou ali quando criança, o porão, o sótão e a garagem ficavam trancados, as janelas eram pregadas e partes da casa eram proibidas, disse.
Ariel Castro deve ser sentenciado em 1o de agosto à prisão perpétua sem liberdade condicional, e a mais 1.000 anos. O filho dele disse que não o visitará na prisão e que não tinha nada a dizer a ele.
"Ele vinha mentindo para a sua família nos últimos 10, 11 anos, em toda chance possível", disse Anthony Castro.
"Não confio nele. Não consigo me ver indo visitá-lo e lhe dando a oportunidade de me encarar e mentir para mim de novo", disse.
São Paulo - O filho do homem de Ohio que manteve três mulheres em cativeiro por anos disse nesta segunda-feira que estava feliz por seu pai ter admitido a culpa em um acordo que o livrou da pena de morte e poupou suas vítimas de aparecerem vezes seguidas no tribunal.
"Nos casos de pena de morte você termina indo muito para o tribunal, então elas voltariam bem mais", disse Anthony Castro na segunda-feira no programa "Today" da NBC News.
"Acho que dessa forma é muito melhor porque ele se afastou e ficará afastado pelo resto de sua vida", disse.
O ex-motorista de ônibus escolar Ariel Castro, de 53 anos, se declarou culpado na semana passada em Cleveland por 937 delitos, incluindo sequestro e estupro repetido de três jovens que ele raptou entre 2002 e 2004.
As mulheres ficaram acorrentadas e amarradas por longos períodos e eram submetidas a fome, espancamentos e ataques sexuais. Em 6 de maio, vizinhos escutaram gritos de socorro de Amanda Berry, de 27 anos, e a ajudaram a arrombar uma porta da casa de Ariel Castro, onde também encontraram Gina DeJesus, de 23; Michelle Knight, de 32, e a filha de 6 anos de idade que Amanda teve com Ariel Castro.
Anthony Castro, de 31, disse que ficou "extremamente feliz" ao escutar que as mulheres tinham sido encontradas e libertadas, mas horrorizado ao descobrir pela ligação ao 911 de Amanda que foi seu pai quem as manteve presas.
"Fiquei chocado com a magnitude de tal crime. Não acho que consiga imaginar ninguém fazendo isso, muito menos descobrir que foi minha própria carne, meu pai", disse Anthony Castro.
Ele disse que o pai dele era violento, "incrivelmente rígido" e que o espancava e a sua mãe, Grimelda Figueroa, com regularidade. Grimelda se divorciou de Ariel Castro e morreu no ano passado.
Anthony Castro disse ter visitado a casa de seu pai algumas vezes na última década, mas que não tinha ideia de que as mulheres estavam lá e não suspeitou de nada errado. Ele ficou do lado de fora ou entrou pela porta de trás e nunca passou da cozinha, falou.
Mesmo quando morou ali quando criança, o porão, o sótão e a garagem ficavam trancados, as janelas eram pregadas e partes da casa eram proibidas, disse.
Ariel Castro deve ser sentenciado em 1o de agosto à prisão perpétua sem liberdade condicional, e a mais 1.000 anos. O filho dele disse que não o visitará na prisão e que não tinha nada a dizer a ele.
"Ele vinha mentindo para a sua família nos últimos 10, 11 anos, em toda chance possível", disse Anthony Castro.
"Não confio nele. Não consigo me ver indo visitá-lo e lhe dando a oportunidade de me encarar e mentir para mim de novo", disse.