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Fifa rejeita cabines de votação transparentes na eleição

Medida visaria garantir que os delegados não fotografem suas cédulas quando escolherem o chefe da entidade máxima do futebol


	Logo da Fifa: a entidade máxima do futebol vai eleger seu chefe
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Logo da Fifa: a entidade máxima do futebol vai eleger seu chefe (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2016 às 13h41.

Zurique - A Fifa rejeitou o pedido de um candidato à presidência para a utilização de cabines de votação transparentes nas eleições da próxima semana, para garantir que os delegados não fotografem suas cédulas quando escolherem o chefe da entidade máxima do futebol.

O pedido veio do príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia, que disse que levaria seu caso à Corte Arbitral do Esporte (CAS), o mais elevado tribunal do esporte.

O príncipe Ali queria que as cabines transparentes fossem usadas na eleição de 26 de fevereiro para "garantir a total transparência dos procedimentos eleitorais", disse em um comunicado emitido pelo seu advogado que fica baseado na França.

As 209 federações associadas à Fifa tem direito a um voto na eleição em que o príncipe Ali é um dos cinco candidatos que tentam substituir o presidente Joseph Blatter, que está banido por oito anos em meio a um escândalo que balançou a entidade mundial do futebol. Pelo estatuto da Fifa, o voto é secreto.

O comunicado diz que Domenico Scala, chefe do comitê eleitoral da Fifa, admitiu ao príncipe Ali em uma troca de correspondências que os eleitores poderiam produzir evidências dos seus votos usando um aparelho celular.

Scala, no entanto, rejeitou as cabines transparentes e disse que os membros seriam lembrados que o voto é secreto e terão que entregar os celulares e câmeras antes de depositarem os seus.

"Ele (Scala) disse que é o bastante apenas dizer que eles não podem fazer isso e rejeitou o pedido do príncipe Ali por cabines de votos transparentes", disse o comunicado, acrescentando que havia uma "ausência de qualquer sistema dedicado a detectar potenciais violações dessa regra".

Um porta-voz do comitê eleitoral não quis comentar.

Jérôme Champagne, outro candidato presidencial, disse esta semana que as federações nacionais estavam sendo pressionadas para votar em certos candidatos e que exigiram que alguns produzissem evidências dos seus votos.

O príncipe Ali também disse que as federações enfrentam represálias se não seguirem certas linhas políticas.

"Projetos de desenvolvimento empacam misteriosamente; candidaturas por torneios de repente ficam comprometidas ou são retiradas; seleções nacionais começam a misteriosamente enfrentar partidas menos favoráveis e até mesmo árbitros", disse na semana passada.

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