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Fidel lamenta desclassificação do Brasil e reclama de sanções ao Irã

Em sua coluna semanal, o ex-presidente de Cuba Fidel Castro lamentou a desclassificação do Brasil na Copa do Mundo

Fidel Castro, ex-presidente de Cuba: com a eliminação do Brasil, mais de 90% dos fãs de futebol ficaram atordoados em Cuba (Getty Images)

Fidel Castro, ex-presidente de Cuba: com a eliminação do Brasil, mais de 90% dos fãs de futebol ficaram atordoados em Cuba (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O ex-presidente de Cuba Fidel Castro lamentou, em sua coluna semanal no jornal oficial cubano Granma, a desclassificação do Brasil na Copa do Mundo. Na mesma coluna, ele reclamou das sanções impostas ao Irã e ironizou a Alemanha e os Estados Unidos, que defenderam as medidas restritivas. As informações são do site do jornal oficial.

No texto A Felicidade Impossível, Fidel disse que sem o Brasil e a Argentina nas finais da Copa do Mundo mais de 90% dos cubanos estavam "atordoados". Segundo ele, agora é a vez de torcer pelo Uruguai, que joga amanhã (6) com a Holanda, por representar o Hemisfério Sul. O cubano insinua que o Brasil foi injustiçado pela arbitragem no jogo com a Holanda, no último dia 2, com o placar de 2 x 1.

"O fato é que o Brasil foi eliminado da quartas de final da Copa. O juiz deixou o Brasil fora dela. Então, novamente, um dos favoritos perdidos. Assim, em Cuba, mais de 90% dos fãs de futebol ficaram atordoados", disse Fidel.

Em um texto repleto de simbolismos políticos, o ex-presidente cubano afirmou que a Copa do Mundo também representa uma disputa de forças entre as grandes potências. Ele citou a euforia da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, com a vitória da seleção do país sobre a da Argentina, no sábado, por 4 x 0. "Até mesmo Angela Merkel, a chanceler federal da Alemanha, aplaudiu freneticamente", disse.


Na mesma coluna em que fez afirmações sobre futebol, o ex-presidente demonstrou indignação com as últimas decisões no cenário político externo. Incomodado com as sanções impostas por parte da comunidade internacional ao Irã, Fidel apelou para que os países revejam a decisão e evitem as restrições ao governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

"O Irã, desarmado, foi vítima desta guerra cruel dos Estados Unidos com o Iraque", afirmou o ex-presidente de Cuba. "Este não é o caso hoje. Expliquei em reflexões anteriores que Mahmoud Ahmadinejad foi chefe do IRGC [a Guarda Republicana do Irã] no Oeste do país."

Fidel lamentou a sinalização de integrantes da União Europeia de que o Brasil e a Turquia ficariam isolados em uma eventual retomada das negociações em busca de um acordo com o Irã. "Um alto funcionário da União Europeia disse, desdenhosamente, que o Brasil e a Turquia serão convidado a participar nas conversações. Não falta mais nada para tirar as conclusões pertinentes", disse.

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