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Fidel Castro condena Holocausto e genocídio em Gaza

O ex-presidente de Cuba condenou o macabro genocídio que Israel comete contra os palestinos na Faixa de Gaza

Fidel Castro: "uma nova e repugnante forma de fascismo está surgindo" (Desmond Boylan/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 13h05.

Havana  O ex-presidente de Cuba Fidel Castro condenou o "Holocausto" e "macabro genocídio" que Israel comete contra os palestinos na Faixa de Gaza , em artigo divulgado nesta terça-feira nos meios de comunicação oficiais.

"Penso que uma nova e repugnante forma de fascismo está surgindo com notável força neste momento da história humana", escreve o idoso líder da revolução cubana em um texto intitulado "Holocausto palestino em Gaza".

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Fidel Castro lembra que "o genocídio dos nazistas contra os judeus colheu o ódio de todos os povos da terra" e se pergunta por que Israel acredita "que o mundo será insensível a este macabro genocídio que hoje está cometendo contra o povo palestino".

O ex-líder também reprova em seu artigo a "cumplicidade" dos Estados Unidos "nesta desavergonhada massacre".

Mais de 1,8 mil palestinos, a maioria civis, e 67 israelenses morreram desde o começo da ofensiva militar de Israel contra a Faixa de Gaza no início de julho.

Entre as vítimas mortais estão quase 400 crianças, segundo dados do Unicef.

A zona vive hoje um cessar-fogo com uma trégua de 72 horas mediada pelo Egito que levou Israel a retirar suas forças terrestres da Faixa.

Em seu artigo, Fidel Castro destaca, além disso, "a incapacidade quase total dos Estados Unidos para enfrentar os problemas atuais do mundo", onde segundo sua opinião "novas e imprescindíveis forças surgiram".

Castro menciona neste sentido as potências emergentes Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que "constituem a força que estão dispostas a colaborar com o resto dos países do mundo sem excluir os Estados Unidos, Europa, Japão".

Por outra lado e como já fez em outro recente artigo, Fidel Castro voltou a desculpar a Rússia sobre o acidente do avião da companhia aérea Malaysia Airlines ocorrido em 17 de julho no leste da Ucrânia.

"Culpar a Federação Russa pela destruição em pleno voo do avião da Malásia é de um simplismo aniquilador. Nem Vladimir Putin (presidente russo) e nem Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, nem os demais dirigentes desse governo fariam semelhante disparate", assinala o ex-mandatário cubano.

Castro também aproveitou para elogiar o povo chinês e seu presidente, Xi Jinping, que classifica como "um dos líderes revolucionários mais firme e capaz" que conheceu em sua vida.

Durante julho, Putin e Xi realizaram visitas oficiais a Cuba onde, entre outros atos, se encontraram com Fidel Castro, que no dia 13 de agosto completará 88 anos.

O líder da revolução cubana se retirou do poder em 2006, quando uma grave doença o obrigou a delegar o poder a seu irmão Raúl Castro, que em 2008 foi ratificado como presidente da ilha caribenha.

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