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Fernández publica carta enviada por Lula e pede liberdade do petista

No dia da eleição, Fernández fez uma selfie ao lado de correligionários fazendo o gesto de "Lula Livre"

Fernández e Lula: presidente eleito da Argentina se apresenta como amigo do petista (Montagem/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de outubro de 2019 às 11h18.

O recém-eleito presidente da Argentina, Alberto Fernández , voltou a pedir a libertação do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. No final da noite de segunda-feira, 29, Fernández utilizou sua conta no Twitter para agradecer uma carta enviada por Lula, endereçada a ele, e pediu novamente pela liberdade do ex-presidente.

"As palavras do meu amigo Lula me emocionam. Como disse em sua carta, junto a Cristina Kirchner, recuperaremos de pouco em pouco nossos laços de fraternidade e respeito. Aproveito para pedir por sua liberdade e para enviar uma cálida saudação a todo o povo irmão do Brasil. #LulaLivre", escreveu o presidente argentino em sua publicação.

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Na carta, datada em 29 de outubro, Lula parabeniza Fernández e Cristina pela vitória nas eleições presidenciais e agradece pela solidariedade com ele. O ex-presidente também deseja que o novo presidente argentino faça um bom governo e que, ao lado de sua vice-presidente, "cuidem com muito carinho dos nossos irmãos e irmãs argentinos."

No dia da eleição, Fernández fez uma selfie ao lado de correligionários fazendo o gesto de "Lula Livre", e pediu pela libertação do ex-presidente, também usando sua conta no Twitter. "Também hoje faz aniversário meu amigo Lula, um homem extraordinário que está injustamente preso faz um ano e meio", escreveu no dia da eleição.

O gesto foi condenado pelo presidente Jair Bolsonaro. Durante visita aos Emirados Árabes Unidos, Bolsonaro disse lamentar a eleição e a postura de Fernández após a publicação. "Não tenho bola de cristal, mas acho que a Argentina escolheu mal", disse. E completou: "O primeiro ato de Fernández foi 'Lula Livre', dizendo que está preso injustamente. Já disse a que veio."

Além disso, Bolsonaro afirmou que o gesto é uma afronta à democracia brasileira. "É uma afronta à democracia brasileira, ao sistema judiciário brasileiro. Uma pessoa condenada em duas instâncias, outras condenações a caminho. Ele está afrontando o Brasil de graça no meu entender. Nós estamos aguardando seus passos para, talvez no futuro, tomar alguma decisão em defesa do Brasil. Decisões em defesa do Brasil", completou.

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