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Fernández promete enterrar neoliberalismo na Argentina

Alberto Fernández — que lidera corrida na Argentina — disse que país viveu experiências tristes durante os quatro anos do governo de Macri

Mauricio Macri e Alberto Fernández: atual presidente tenta se sobrepor ao favoritismo do peronista (Agustin Marcarian/Reuters)

Mauricio Macri e Alberto Fernández: atual presidente tenta se sobrepor ao favoritismo do peronista (Agustin Marcarian/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de outubro de 2019 às 21h12.

Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 16h13.

Buenos Aires — Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina Kirchner, que formam a chapa favorita a vencer as eleições presidenciais da Argentina no próximo domingo, prometeram nesta quinta-feira, no encerramento da campanha, recolocar o país nos trilhos e enterrar as políticas neoliberalistas de Mauricio Macri.

"No domingo temos que começar a virar uma página vergonhosa que começou a ser escrita no dia 10 de dezembro de 2015 (dia da posse de Macri). Vou colocar a Argentina de volta no lugar de onde ela nunca deveria ter saído, uma Argentina digna, não de joelhos, uma Argentina de pé", afirmou Fernández em comício realizado na cidade de Mar del Plata.

Favorito a vencer o pleito em primeiro turno segundo as pesquisas, Fernández, de 60 anos, recordou que começou a militar na política com 14 anos e que carrega consigo momentos que chamou de únicos, como o dia em que conheceu o ex-presidente Néstor Kirchner, marido de Cristina, morto em 2010, e quando se reconciliou com a companheira de chapa.

"Um dia Cristina me ligou e me disse: 'Alberto, é sua vez'. Obrigado, Cristina, pela confiança", agradeceu Fernández, celebrando a unidade do peronismo dentro da aliança Frente de Todos para lutar contra a candidatura de Macri.

Fernández afirmou que a Argentina viveu experiências tristes durante os quatro anos do governo de Macri (que buscará a reeleição no domingo) como o fechamento de empresas, a perda de milhares de postos de trabalho e o aumento da pobreza.

"Tudo isso ocorreu com um governo que não teve nenhuma vergonha em encher os bolsos dos bancos, em deixar que os bancos se enriquecessem, enquanto toda a Argentina empobrecia. Pedimos a eles que não fizessem isso, mas o fizeram", criticou.

Já Cristina destacou a figura de seu companheiro de chapa, de quem se distanciou desde a saída de Fernández de seu governo, escolhido por ela própria como o nome peronista a liderar a chapa da Frente de Todos.

"Alberto foi o chefe de gabinete do projeto político que em 2003 devolveu a dignidade aos argentinos", afirmou a atual senadora, citando o cargo ocupado por Fernández durante todo o governo de Néstor Kirchner e o início de seu primeiro mandato na Casa Rosada.

Segundo a ex-presidente, todos os candidatos da Frente de Todos acreditam que o Estado tem o papel de "igualar as diferenças".

"Hoje não estamos encerrando uma campanha eleitoral, estamos concluindo um ciclo histórico. Que nunca mais a pátria volte a cair nas mãos do neoliberalismo. Queremos evitar que os argentinos sofram e por isso estamos juntos aqui", disse Cristina.

"Nunca mais a essas políticas (neoliberais)!", concluiu a ex-presidente, visivelmente emocionada, diante de uma multidão que cantava "nunca mais".

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