Feldman culpa Fifa e Lula por atraso paulista para Copa
Segundo o secretário de Esportes e Lazer, as reviravoltas na definição da sede paulistana na competição atrapalham a preparação da cidade
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2011 às 14h01.
São Paulo - O secretário municipal de Esportes e Lazer de São Paulo, Walter Feldman, culpou nesta segunda-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Fifa pelo atraso no começo das obras do estádio do Corinthians para a Copa do Mundo de 2014. A última previsão é de que a construção se inicie em maio, o que inviabilizará o uso do estádio na Copa das Confederações de 2013, que serve como teste para o Mundial no ano seguinte. De acordo com Feldmann, as reviravoltas na definição da sede paulistana na competição atrapalham a preparação da cidade. A declaração foi uma resposta ao ministro do Esporte, Orlando Silva, que pediu mais pressa nas obras em São Paulo no domingo.
"Passa a impressão, particularmente quando as autoridades federais dão declarações, que a culpa é de São Paulo. Todos acompanharam a situação dramática da evolução, aceitação e depois não-aceitação do Estádio do Morumbi. Se há dois anos tivessem dito que o Morumbi seriam inviável, a gente teria optado por outro. Então há uma culpa coletiva, mas particularmente da comissão da Fifa, que não foi correta, não foi transparente, sabia desde o início que o Morumbi não seria utilizado na Copa de 2014", disse, em entrevista à Rádio Estadão ESPN.
Feldman também disparou contra Lula, que teria aproveitado o anúncio de construção do estádio do Corinthians e para estimular a candidatura de Dilma Roussef à presidência. "Quando o Estádio do Morumbi foi descartado, houve uma movimentação no plano do governo federal, uma combinação de interesses. O Corinthians queria construir seu estádio próprio, a Copa era apenas um detalhe, e houve um movimento de risco do ex-presidente Lula, que, por ser corintiano e querer fazer sua relação política com São Paulo em momento eleitoral, disse que seria em Itaquera, o que foi quase uma bravata naquele momento, que depois mostraram as dificuldades para [o estádio] ser construído", afirmou.
O secretário minimizou o fato do estádio corintiano ficar fora da Copa das Confederações. "Devo dizer que os estádios que visitei [na África do Sul, durante a Copa das Confederações] não seriam aprovados em hipótese nenhuma [para a Copa do Mundo]. Havia problemas de acesso, de logística, de transporte e de conforto para os torcedores. A Copa das Confederações é um momento em que o país se prepara faz um teste. Tem a mesma importância de uma partida preliminar. O Corinthians não terá condições de ter o estádio para a Copa das Confederações porque as obras tem sido reiteradamente adiadas, mas outro será escolhido e poderemos testar outras questões relativas à Copa", comentou.
Feldman garantiu que o estádio do Corinthians ficará pronto para a Copa do Mundo de 2014 nas condições exigidas pela Fifa. "Ele será construído, terá as condições adequadas, mas, como quase tudo no Brasil, você tem um baixíssimo planejamento, quase nada de planejamento estratégico, e depois você corre atrás do prejuízo. Felizmente, o Brasil é mais inteligente, é mais rápido, é mais criativo, não é o que é a modernidade, mas nós vamos dar a solução para isso", declarou.
São Paulo - O secretário municipal de Esportes e Lazer de São Paulo, Walter Feldman, culpou nesta segunda-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Fifa pelo atraso no começo das obras do estádio do Corinthians para a Copa do Mundo de 2014. A última previsão é de que a construção se inicie em maio, o que inviabilizará o uso do estádio na Copa das Confederações de 2013, que serve como teste para o Mundial no ano seguinte. De acordo com Feldmann, as reviravoltas na definição da sede paulistana na competição atrapalham a preparação da cidade. A declaração foi uma resposta ao ministro do Esporte, Orlando Silva, que pediu mais pressa nas obras em São Paulo no domingo.
"Passa a impressão, particularmente quando as autoridades federais dão declarações, que a culpa é de São Paulo. Todos acompanharam a situação dramática da evolução, aceitação e depois não-aceitação do Estádio do Morumbi. Se há dois anos tivessem dito que o Morumbi seriam inviável, a gente teria optado por outro. Então há uma culpa coletiva, mas particularmente da comissão da Fifa, que não foi correta, não foi transparente, sabia desde o início que o Morumbi não seria utilizado na Copa de 2014", disse, em entrevista à Rádio Estadão ESPN.
Feldman também disparou contra Lula, que teria aproveitado o anúncio de construção do estádio do Corinthians e para estimular a candidatura de Dilma Roussef à presidência. "Quando o Estádio do Morumbi foi descartado, houve uma movimentação no plano do governo federal, uma combinação de interesses. O Corinthians queria construir seu estádio próprio, a Copa era apenas um detalhe, e houve um movimento de risco do ex-presidente Lula, que, por ser corintiano e querer fazer sua relação política com São Paulo em momento eleitoral, disse que seria em Itaquera, o que foi quase uma bravata naquele momento, que depois mostraram as dificuldades para [o estádio] ser construído", afirmou.
O secretário minimizou o fato do estádio corintiano ficar fora da Copa das Confederações. "Devo dizer que os estádios que visitei [na África do Sul, durante a Copa das Confederações] não seriam aprovados em hipótese nenhuma [para a Copa do Mundo]. Havia problemas de acesso, de logística, de transporte e de conforto para os torcedores. A Copa das Confederações é um momento em que o país se prepara faz um teste. Tem a mesma importância de uma partida preliminar. O Corinthians não terá condições de ter o estádio para a Copa das Confederações porque as obras tem sido reiteradamente adiadas, mas outro será escolhido e poderemos testar outras questões relativas à Copa", comentou.
Feldman garantiu que o estádio do Corinthians ficará pronto para a Copa do Mundo de 2014 nas condições exigidas pela Fifa. "Ele será construído, terá as condições adequadas, mas, como quase tudo no Brasil, você tem um baixíssimo planejamento, quase nada de planejamento estratégico, e depois você corre atrás do prejuízo. Felizmente, o Brasil é mais inteligente, é mais rápido, é mais criativo, não é o que é a modernidade, mas nós vamos dar a solução para isso", declarou.