Juan Manuel Santos: os guerrilheiros se queixam que a área, na qual os reféns seriam libertados, foi “militarizada indevidamente pelo governo da Colômbia” (Eitan Abramovich/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 08h38.
Brasília – As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram hoje (1º) a suspensão da libertação de cinco reféns, mantidos sob poder da guerrilha, cancelando a operação prevista para este mês. A alegação dos guerrilheiros é que o governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, não cumpriu a desmilitarização da área na qual os reféns seriam libertados.
“A operação foi adiada”, diz o comunidado das Farc. Em anúncio no mês passado, a guerrilha informou que libertaria cinco reféns. São eles Luis Alfonso Beltrán, César Augusto Lasso, José Carlos Duarte, Jorge Trujillo, Humberto Jorge Romero e José Libardo Forero. Os cinco reféns são militares das Forças Armadas da Colômbia.
O comunicado das Farc, divulgado hoje, é dirigido a 11 parlamentares que costumam assumir a mediação das negociações entre a guerrilha e o governo colombiano. No texto, os guerrilheiros se queixam que a área, na qual os reféns seriam libertados, foi “militarizada indevidamente pelo governo da Colômbia”, obrigando-os a “adiar” a operação.
No comunicado, as Farc informaram conhecer as “intenções do governo, a todo custo, de tentar um resgate militar”. Os guerrilheiros disseram que a medida poderia levar a um resultado trágico: “Essa atitude corresponde à recente decisão do governo para impedir a competição internacional humanitária na libertação anunciada”, diz o texto assinado pela Secretaria Central das Farc. Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur.