Piedad Córdoba: 'Com muita alegria e satisfação queremos informar que na próxima segunda-feira as Farc entregarão as dez pessoas uniformizadas' (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2012 às 21h14.
Bogotá - A ex-senadora colombiana e mediadora com as Forças Armada Revolucionárias da Colômbia (Farc), Piedad Córdoba, anunciou nesta quarta-feira que em 26 de março começa o processo de libertação dos últimos dez policiais e militares em poder da guerrilha.
'Com muita alegria e satisfação queremos informar que na próxima segunda-feira as Farc entregarão as dez pessoas uniformizadas, policiais e soldados, que estão em seu poder, ou seja, a data definitiva é o dia 26', disse Córdoba em entrevista coletiva.
Ela acrescentou que o grupo Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), o coletivo que ela lidera, 'continuará realizando quantas ações forem possíveis para aliviar o sofrimento da população', ao indicar que seu grupo tem a esperança de que o 'desenvolvimento da ação humanitária chegue a um termo feliz'.
Córdoba fez o anúncio ao lado dos também mediadores com as Farc, a ativista Marleny Orjuela e o jornalista Carlos Lozano, ambos integrantes do movimento Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP).
Os três agradeceram o trabalho dos governos da Colômbia e do Brasil, este último vai emprestar os helicópteros para buscar os sequestrados na floresta, assim como ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o organismo coordenador da missão.
A ex-senadora afirmou também que as libertações serão realizadas em dois dias, mas não antecipou mais detalhes.
Os membros do CCP se reuniram nesta segunda-feira na capital colombiana e analisaram os protocolos de segurança e os compromissos adquiridos pelas partes.
Em fevereiro, as Farc pediram à presidente da Associação Colombiana de Parentes e Membros da Polícia Retidos e Libertados por Grupos Guerrilheiros (Asfamipaz), Marleny Orjuela, que administrasse a logística para a entrega dos dez reféns, capturados entre 1998 e 1999.
Os sequestrados que a guerrilha se comprometeu a libertar são os militares Luis Alfonso Beltrán Franco, Luis Arturo Arcia, Robinson Salcedo Guarín e Luis Alfredo Moreno Chagüeza, e os policiais Carlos José Duarte, César Augusto Lasso Monsalve, Jorge Trujillo Solarte, Jorge Humberto Romero, José Libardo Forero e Wilson Rojas Medina.