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Famílias de vítimas recorrem à Justiça para impedir homenagem a Pinochet

Seguidores chilenos organizam celebração para honrar o legado do militar golpista

O último relatório oficial elevou para mais de 40.000 as vítimas do regime de Pinochet (David Lillo/AFP)

O último relatório oficial elevou para mais de 40.000 as vítimas do regime de Pinochet (David Lillo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2012 às 18h28.

O Grupo de Familiares de Presos Desaparecidos (AFDD) expressou neste domingo sua rejeição a uma homenagem ao ditador Augusto Pinochet (1973-1990), e anunciou que entrará com uma ação na Justiça para evitar que o evento ocorra.

"Todas as autoridades que estiverem envolvidas, de uma forma ou de outra, na autorização desse ato serão alvo de um recurso judicial de proteção, que será apresentado pela AFDD durante a semana", disse à rádio Cooperativa o advogado e deputado do Partido Comunista, Hugo Gutiérrez.

Um grupo de seguidores do ex-ditador organizou para domingo 10 de junho a exibição do documentário "Pinochet" em um teatro de Santiago como uma forma de honrar o legado do militar golpista, um ato que deverá ter a participação de cerca de 4.000 pessoas, segundo os organizadores.

A presidente da AFDD, Lorena Pizarro, expressou sua "absoluta rejeição e repúdio a essa constante do setor de extrema direita, o setor mais vinculado ao genocídio e à violação dos direitos humanos, de reivindicar o terrorismo, a tortura, o crime e o desaparecimento forçado, organizando homenagens a símbolos homicidas".

O último relatório oficial de agosto de 2011 elevou para mais de 40.000 as vítimas do regime de Augusto Pinochet, entre elas 3.225 mortos ou desaparecidos. Os demais foram presos e torturados.

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