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Falta de desenvolvidos dificulta acordos, diz Lula

Presidente criticou baixa participação dos países ricos na cúpula da ONU e comemorou queda no desmatamento da Amazônia

Lula comemorou o menor índice de desmatamento da Amazônia em 22 anos (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 12h14.

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou hoje (1º) a baixa adesão de autoridades mundiais à Conferência do Clima (COP-16), em Cancun. Para ele, pouca participação de países desenvolvidos, principalmente, vai contribuir para falta de acordo nos impasses sobre a redução da emissão de gás carbônico (CO2) e desmatamento.

Mas, Lula disse que o índice de desmatamento brasileiro é menor, não para dar satisfação a esses países, mas pelo compromisso que o próprio país assumiu. “O importante é que o compromisso que assumimos aqui, vamos cumprir. E vamos cumprir porque é nossa obrigação”, comentou ao participar de cerimônia de divulgação dos dados sobre desmatamento na Amazônia.

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Lula disse que o fato de o Brasil ter apresentado o menor índice de desmatamento dos últimos 22 anos, quando a região começou a ser monitorada, se deve também às conversas com prefeitos e governadores das áreas desmatadas.

“Eles, em vez de serem adversários, passaram a ser parceiros. Perceberam que era vantagem para eles”, comentou. “Nós evoluímos muito. A sociedade brasileira, os empresários, os ambientalistas evoluíram. Não nos tratamos mais como se fossemos inimigos, nos tratamos como se fossemos parceiros”, acrescentou.

O Brasil registrou, entre agosto de 2009 e julho de 2010, o menor índice de desmatamento da Amazônia dos últimos 22 anos. Foram 6.450 quilômetros quadrados (km2). Só em relação ao período anterior, o número é 14% menor.

Os três estados que tradicionalmente mais desmatam Pará, Mato Grosso e Rondônia apresentaram redução significativa. Dos três, o Mato Grosso foi o estado que menos desmatou. Se em 2004, foram 14 mil km2, em 2010, o número caiu para menos de mil.

Na cerimônia, Lula ainda entregou contratos de concessão de uso de terra a 2,5 mil famílias de sete unidades de conservação federal, sendo seis reservas extrativistas e uma floresta nacional. O documento dá direito às famílias explorarem de forma sustentável os recursos naturais conforme plano de manejo.

Durante a cerimônia foi assinado o decreto que cria o Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal (MacroZEE). A ideia é promover o desenvolvimento sustentável na região.

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