Exame Logo

Facções palestinas convocam "dia de fúria" contra Israel

Horas após o chamado, um palestino esfaqueou e feriu um soldado israelense na Cisjordânia e em seguida foi baleado

Palestino em frente a pneus em chama em protesto na Cisjordânia: a agressão é parte de uma onda de violência que já resultou na morte de cerca de 60 pessoas (Reuters / Ibraheem Abu Mustafa)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 08h07.

Jerusalém - As facções palestinas convocaram nesta sexta-feira manifestações de massa contra Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em um "dia de fúria", enquanto potências mundiais e regionais prosseguiam com as conversações para tentar acabar com mais de três semanas de derramamento de sangue.

Horas após o chamado, um palestino esfaqueou e feriu um soldado israelense na Cisjordânia e em seguida foi baleado e ferido por militares, segundo o Exército de Israel. A agressão é parte de uma onda de violência que já resultou na morte de cerca de 60 pessoas.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse estar cautelosamente otimista sobre a possibilidade de reduzir as tensões, após quatro horas de conversações com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Berlim, na quinta-feira.

As autoridades israelenses também retiraram nesta sexta-feira a proibição à entrada de homens com idade inferior a 40 anos na Mesquista Al-Aqsa, o cerne do conflito, na Cidade Velha de Jerusalém, uma iniciativa vista como um esforço para aplacar a ira dos muçulmanos.

Uma das piores ondas de violência de rua em anos foi provocada em parte pela revolta dos palestinos com o que consideram ser a usurpação judaica do complexo onde está Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã, reverenciado pelos judeus como o lugar de dois antigos templos.

As convocações para protestos em massa foram apoiadas tanto pelo grupo militante islâmico palestino Hamas como pelo movimento Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, que é apoiado por países ocidentais, bem como outras facções.

O Hamas, o grupo que controla a Faixa de Gaza, emitiu uma declaração apelando aos “palestinos revoltados para que participem das manifestações de massa na sexta-feira de ira e novos confrontos contra a ocupação soldados (israelenses)".

Os palestinos querem formar um Estado em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, territórios que Israel capturou na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Embora as facções políticas tenham sido ativas na convocação de protestos, os esfaqueamentos e tiroteios na maior parte têm sido obra de "lobos solitários". Alguns agiram inspirados por postagens na mídia social e muitos atacantes eram adolescentes.

Cinquenta palestinos, metade deles agressores, foram mortos a tiros nos locais dos ataques ou durante manifestações na Cisjordânia e em Gaza desde 1 de outubro. Nove israelenses foram mortos a tiros ou esfaqueados no mesmo período.

Um israelense foi morto por soldados que o confundiram com um atacante, e um imigrante eritreu foi espancado e morto por uma multidão de israelenses que pensavam que ele havia tomado parte em um tiroteio.

Veja também

Jerusalém - As facções palestinas convocaram nesta sexta-feira manifestações de massa contra Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em um "dia de fúria", enquanto potências mundiais e regionais prosseguiam com as conversações para tentar acabar com mais de três semanas de derramamento de sangue.

Horas após o chamado, um palestino esfaqueou e feriu um soldado israelense na Cisjordânia e em seguida foi baleado e ferido por militares, segundo o Exército de Israel. A agressão é parte de uma onda de violência que já resultou na morte de cerca de 60 pessoas.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse estar cautelosamente otimista sobre a possibilidade de reduzir as tensões, após quatro horas de conversações com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Berlim, na quinta-feira.

As autoridades israelenses também retiraram nesta sexta-feira a proibição à entrada de homens com idade inferior a 40 anos na Mesquista Al-Aqsa, o cerne do conflito, na Cidade Velha de Jerusalém, uma iniciativa vista como um esforço para aplacar a ira dos muçulmanos.

Uma das piores ondas de violência de rua em anos foi provocada em parte pela revolta dos palestinos com o que consideram ser a usurpação judaica do complexo onde está Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã, reverenciado pelos judeus como o lugar de dois antigos templos.

As convocações para protestos em massa foram apoiadas tanto pelo grupo militante islâmico palestino Hamas como pelo movimento Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, que é apoiado por países ocidentais, bem como outras facções.

O Hamas, o grupo que controla a Faixa de Gaza, emitiu uma declaração apelando aos “palestinos revoltados para que participem das manifestações de massa na sexta-feira de ira e novos confrontos contra a ocupação soldados (israelenses)".

Os palestinos querem formar um Estado em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, territórios que Israel capturou na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Embora as facções políticas tenham sido ativas na convocação de protestos, os esfaqueamentos e tiroteios na maior parte têm sido obra de "lobos solitários". Alguns agiram inspirados por postagens na mídia social e muitos atacantes eram adolescentes.

Cinquenta palestinos, metade deles agressores, foram mortos a tiros nos locais dos ataques ou durante manifestações na Cisjordânia e em Gaza desde 1 de outubro. Nove israelenses foram mortos a tiros ou esfaqueados no mesmo período.

Um israelense foi morto por soldados que o confundiram com um atacante, e um imigrante eritreu foi espancado e morto por uma multidão de israelenses que pensavam que ele havia tomado parte em um tiroteio.

Acompanhe tudo sobre:CisjordâniaConflito árabe-israelenseIsraelPalestina

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame