Mundo

Exército tenta esmagar redutos rebeldes de Homs e Qousseir

Homs foi batizada pelos opositores "capital da revolução" e fica a cerca de 30 km de Qousseir

Imagem de um vídeo mostra um bombardeio por parte das forças do regime sírio na cidade de Homs em 5 de outubro
 (AFP)

Imagem de um vídeo mostra um bombardeio por parte das forças do regime sírio na cidade de Homs em 5 de outubro (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 13h53.

Beirute - O Exército sírio lançou uma ofensiva sem precedentes para esmagar o reduto rebelde de Homs e tomar a cidade insurgente de Qousseir, no centro da Síria, indicaram nesta segunda-feira à AFP fontes envolvidas no conflito.

"O Exército tenta limpar os últimos bairros rebeldes de Homs", afirmou à AFP uma fonte dos serviços de segurança sírios. Pulmão industrial da Síria, Homs foi batizada pelos opositores "capital da revolução" por ter sido a vanguarda da onda de contestação contra o regime de Bashar al-Assad.

"O Exército também limpou as aldeias em torno de Qousseir e tenta agora tomar a cidade", acrescentou esta fonte.

As duas localidades ficam a uma distância de cerca de 30 km uma da outra.

A província de Homs é a maior e mais estratégica do país. Localizada na fronteira com o Líbano e o Iraque, situada não muito distante de Damasco, ela liga o norte ao sul da Síria. Pelo fato de ficar próxima ao Líbano, no início da revolução ela foi um ponto de passagem para o fornecimento de armas e para a retirada de feridos.

Na sexta-feira, o Exército utilizou pela primeira vez aviões de combate para bombardear Khaldiyé, um bairro rebelde no coração de Homs cercado há quatro meses e totalmente devastado, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Qousseir, onde 30.000 pessoas viviam antes da revolução, é assediada pelas forças do regime desde o final de 2011 e está quase deserta.

"O Exército tenta tomar o controle em Qousseir a partir dos três acessos à cidade", declarou à AFP Hadi al-Abdallah, um ativista da cidade que pertence à Comissão Geral da revolução síria.

"A situação é ruim e os bombardeios são intensos. Há combates muito violentos em torno de Qousseir", disse à AFP, contatado pela internet.

Acompanhe tudo sobre:GuerrasSíria

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua