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Exército sírio perde petróleo em combates perto de aeroporto

Uma fonte que trabalha no aeroporto e a companhia SyrianAir informaram à AFP que o tráfego aéreo tinha sido retomado nesta quinta em Damasco

Destroços da cidade de Alepo: nesta sexta, ao menos 78 pessoas morreram, entre elas 53 civis (Francisco Leong/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 17h45.

Damasco - Violentos combates eram travados nesta sexta-feira nas imediações do aeroporto internacional de Damasco, os primeiros desde o início do conflito na Síria , onde os rebeldes conquistaram mais uma importante vitória, com a tomada de um campo de petróleo no leste.

Uma fonte que trabalha no aeroporto e a companhia SyrianAir informaram à AFP que o tráfego aéreo tinha sido retomado nesta quinta em Damasco, enquanto o Ministério da Informação indicou que a estrada que leva ao aeroporto, fechada desde a manhã de quinta-feira devido aos combates, era patrulhada pelas "forças competentes".

No entanto, um comboio da ONU que deixava o aeroporto de Damasco foi alvo de disparos de origem ainda não determinada, pelo segundo dia consecutivo, informou um porta-voz da ONU.

Enquanto a violência ganhava intensidade e avança para a periferia da capital, grande parte da Síria permanecia isolada do mundo, sem telefone ou internet pelo segundo dia consecutivo.

As autoridades sírias afirmaram que "reparos de manutenção" eram as causas deste apagão, mas Washington acusa o regime de Damasco de ter cortado as comunicações, enquanto Paris pediu que "fossem restabelecidas rapidamente".

Para permitir aos internautas transmitir informações, já que as autoridades restringem o acesso à imprensa internacional, Google e Twitter ativaram para a Síria o serviço "tweet voice", criado durante a revolução egípcia em 2011, que permite usar o Twitter por meio de mensagens vocais transmitidas por celular.


A Anistia Internacional considerou que este corte "poderia anunciar a intenção das autoridades sírias de esconder do mundo a verdade sobre o que ocorre no país". Opositores acusam o regime de preparar um "massacre".

Neste contexto, o Exército lançou uma grande ofensiva nas regiões leste e sul da capital, onde os rebeldes concentram suas tropas de retaguarda. Os combates alcançaram os arredores do aeroporto pela primeira vez desde o início da revolta, em março de 2011.

"O Exército quer tomar o controle do lado leste do aeroporto (Ghouta), onde estão milhares de terroristas, e essas ações devem levar vários dias", declarou à AFP uma fonte da segurança. O regime chama de terroristas os rebeldes.

Foram registrados violentos combates entre soldados e rebeldes ao redor do aeroporto até a madrugada desta sexta-feira, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), informando que os combates e os bombardeios prosseguiam em várias localidades da Ghouta Oriental, assim como nos bairros do sul da capital.

Nesta sexta, ao menos 78 pessoas morreram, entre elas 53 civis, em meio à violência por todo o país, de acordo com um registro provisório do OSDH.

Dezessete sunitas libaneses foram mortos em uma cidade síria na fronteira com o Líbano, onde combatiam o Exército, disseram uma fonte da segurança e um líder local islâmico libanês.


Enquanto isso, o Exército se retirou do campo de petróleo de Omar, uma de suas últimas posições no leste, próximo ao Iraque, indicou o OSDH. Os rebeldes tiveram assim uma grande vitória,já que agora controlam esta área estratégica, ampliando seu domínio no leste, onde já ocupam uma vasta área.

Reunidos em Tóquio, os 67 países "Amigos do povo sírio" pediram a imposição de um embargo sob o petróleo em Damasco.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) pediu, por sua vez, "passagens seguras" para os civis, alegando que cerca de 250.000 deslocados internos foram registradas em Homs (centro).

A ONU estima que 700 mil refugiados terão fugido da Síria até janeiro, um aumento dramático em um conflito que atingiu "níveis alarmantes de brutalidade".

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Damasco - Violentos combates eram travados nesta sexta-feira nas imediações do aeroporto internacional de Damasco, os primeiros desde o início do conflito na Síria , onde os rebeldes conquistaram mais uma importante vitória, com a tomada de um campo de petróleo no leste.

Uma fonte que trabalha no aeroporto e a companhia SyrianAir informaram à AFP que o tráfego aéreo tinha sido retomado nesta quinta em Damasco, enquanto o Ministério da Informação indicou que a estrada que leva ao aeroporto, fechada desde a manhã de quinta-feira devido aos combates, era patrulhada pelas "forças competentes".

No entanto, um comboio da ONU que deixava o aeroporto de Damasco foi alvo de disparos de origem ainda não determinada, pelo segundo dia consecutivo, informou um porta-voz da ONU.

Enquanto a violência ganhava intensidade e avança para a periferia da capital, grande parte da Síria permanecia isolada do mundo, sem telefone ou internet pelo segundo dia consecutivo.

As autoridades sírias afirmaram que "reparos de manutenção" eram as causas deste apagão, mas Washington acusa o regime de Damasco de ter cortado as comunicações, enquanto Paris pediu que "fossem restabelecidas rapidamente".

Para permitir aos internautas transmitir informações, já que as autoridades restringem o acesso à imprensa internacional, Google e Twitter ativaram para a Síria o serviço "tweet voice", criado durante a revolução egípcia em 2011, que permite usar o Twitter por meio de mensagens vocais transmitidas por celular.


A Anistia Internacional considerou que este corte "poderia anunciar a intenção das autoridades sírias de esconder do mundo a verdade sobre o que ocorre no país". Opositores acusam o regime de preparar um "massacre".

Neste contexto, o Exército lançou uma grande ofensiva nas regiões leste e sul da capital, onde os rebeldes concentram suas tropas de retaguarda. Os combates alcançaram os arredores do aeroporto pela primeira vez desde o início da revolta, em março de 2011.

"O Exército quer tomar o controle do lado leste do aeroporto (Ghouta), onde estão milhares de terroristas, e essas ações devem levar vários dias", declarou à AFP uma fonte da segurança. O regime chama de terroristas os rebeldes.

Foram registrados violentos combates entre soldados e rebeldes ao redor do aeroporto até a madrugada desta sexta-feira, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), informando que os combates e os bombardeios prosseguiam em várias localidades da Ghouta Oriental, assim como nos bairros do sul da capital.

Nesta sexta, ao menos 78 pessoas morreram, entre elas 53 civis, em meio à violência por todo o país, de acordo com um registro provisório do OSDH.

Dezessete sunitas libaneses foram mortos em uma cidade síria na fronteira com o Líbano, onde combatiam o Exército, disseram uma fonte da segurança e um líder local islâmico libanês.


Enquanto isso, o Exército se retirou do campo de petróleo de Omar, uma de suas últimas posições no leste, próximo ao Iraque, indicou o OSDH. Os rebeldes tiveram assim uma grande vitória,já que agora controlam esta área estratégica, ampliando seu domínio no leste, onde já ocupam uma vasta área.

Reunidos em Tóquio, os 67 países "Amigos do povo sírio" pediram a imposição de um embargo sob o petróleo em Damasco.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) pediu, por sua vez, "passagens seguras" para os civis, alegando que cerca de 250.000 deslocados internos foram registradas em Homs (centro).

A ONU estima que 700 mil refugiados terão fugido da Síria até janeiro, um aumento dramático em um conflito que atingiu "níveis alarmantes de brutalidade".

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