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Exército sírio mata 100 pessoas que fugiam de cidade captura

Pessoas tentavam sair de Qusair depois que o local foi conquistado por tropas do Exército e pelo grupo xiita libanês Hezbollah

Moradores sírios da cidade de Qusair carregam bolsas com pertences, na Síria (Rami Bleibel/Reuters)

Moradores sírios da cidade de Qusair carregam bolsas com pertences, na Síria (Rami Bleibel/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h29.

Amã - Forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, mataram pelo menos 100 pessoas que fugiram da cidade de Qusair depois que o local foi conquistado por tropas do Exército e os combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah na semana passada, disseram no domingo ativistas da oposição.

A maioria dos mortos foi atingida por disparos de metralhadoras e um bombardeio contínuo ao longo dos últimos dias, enquanto tentavam atravessar uma rodovia a leste de Qusair para áreas fora do alcance das forças de Assad, disseram os ativistas.

A informação não pôde ser imediatamente verificada, uma vez que as autoridades sírias restringiram o acesso ao país dos meios de comunicação independentes.

O ativista Hadi al-Abdallah disse que ele é uma das milhares de pessoas que fugiram de Qusair em um grupo de civis e combatentes que abandonaram seus carros e caminharam 35 km em uma área rural conhecida como Housseiniya, perto da principal rodovia para a cidade de Homs.

"Nós estávamos levando muitos feridos de Qusair e esses foram os primeiros a serem mortos porque não podiam escapar do tiroteio", disse Abdallah.

"A maioria dos corpos foi deixada para trás e apenas 15 foram recuperados. Muitos feridos foram capturados. Entre eles um primo meu. Liguei para o celular dele e um homem respondeu dizendo que eu podia ir buscar o corpo em pedaços", disse o ativista.

Mohammad al-Qusairi, outro ativista, disse que o Exército sírio se posicionou em três áreas próximas à rodovia para atacar as pessoas que fogem Qusair.

"Um corredor estreito de fuga de Qusair permaneceu, mas o Exército aguardava na saída. Eles querem enviar uma mensagem de que qualquer pessoa com qualquer ligação com a cidade será punida", disse Qusairi, que falava da cidade turca de Antakya.

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