Mundo

Exército sírio faz avanço decisivo rumo ao norte de Damasco

O exército sírio registrou um avanço decisivo ao assumir o controle de uma área chave ao norte de Damasco, com o objetivo de asfixiar os rebeldes

Soldados sírios perto de Damasco: regime deseja chegar em posição de força à conferência de paz Genebra 2  (AFP)

Soldados sírios perto de Damasco: regime deseja chegar em posição de força à conferência de paz Genebra 2 (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 12h28.

Damasco - O exército sírio registrou nesta quinta-feira um avanço decisivo ao assumir o controle de uma área chave ao norte de Damasco, com o objetivo de asfixiar os rebeldes posicionados ao redor da capital e no centro do país.

O regime de Bashar al-Assad, que tem o apoio do Hezbollah libanês (xiita) e das milícias xiitas do Iraque, deseja chegar em posição de força à conferência de paz Genebra 2 e enfrentar as demandas da oposição, que exige a saída de Assad.

As forças do regime assumiram nesta quinta-feira o controle de Deir Attiya, na região de Qalamun, onde em 19 de novembro haviam tomado Qara.

"Nosso exército heroico assumiu o controle de Deir Attiya, na província de Damasco, depois de esmagar os últimos focos terroristas nesta cidade", anunciou a televisão estatal.

"Esta manhã, o exército conseguiu, depois de caçar terroristas nos locais onde estavam escondidos, limpar a cidade e matar muitos deles, depois de quatro dias de luta", disse um oficial das forças de segurança em Damasco.

"As operações continuam nos arredores da cidade até que alcancemos o objetivo de destruir qualquer presença terrorista na região", completou a fonte, em referência aos rebeldes.

O exército sírio tenta assumir o controle de Qalamun, ao norte da província de Damasco e ao sul de Homs, para assegurar uma continuidade territorial sob seu controle entre as duas províncias.


O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou que o exército assumiu o controle de quase toda a cidade e expulsou os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), assim como outros rebeldes que estavam nesta cidade, de 10.000 habitantes, localizada 88 km ao norte de Damasco, e que tem uma grande comunidade cristã.

Perto da fronteira com o Líbano, Qalamun, por onde até agora passavam as armas e as munições destinadas aos insurgentes, constitui para os rebeldes uma base de retaguarda para cercar a capital e controlar o acesso à estrada Damasco-Homs.

Segundo fontes do regime, a estrada Homs-Damasco ainda não foi reaberta pela presença de atiradores.

O exército também entrou em Nabak, outra localidade de Qalamun.

Se tomar esta cidade, restarão apenas Yabrud e outras localidades para fechar completamente a fronteira com o Líbano e impedir qualquer fuga ou entrada de rebeldes no país.

Com a estratégia, o exército busca sufocar os rebeldes ao redor de Damasco, cortando o acesso a armas e munições procedentes da Jordânia ou Líbano.

"A próxima etapa será a recuperação do sul. O norte e o leste ficam mais para frente", disse uma fonte militar.

Nos últimos dias, os rebeldes tentaram em vão romper o cerco ao redor de Damasco.

Na quarta-feira, um combatente do Hezbollah e sobrinho do ministro libanês da Agricultura, Hussein Haj Hassan, morreu em Qalamun, segundo uma fonte ligada ao grupo.

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadPolíticosSíriaTerroristas

Mais de Mundo

Milei denuncia 'corridas cambiais' contra seu governo e acusa FMI de ter 'más intenções'

Tiro de raspão causou ferida de 2 cm em orelha de Trump, diz ex-médico da Casa Branca

Trump diz que 'ama Elon Musk' em 1º comício após atentado

Israel bombardeia cidade do Iêmen após ataque de rebeldes huthis a Tel Aviv

Mais na Exame