Há uma semana, mais de 700 pessoas se afogaram no pior naufrágio em décadas de perigosa migração transoceânica (Reuters/Reprodução EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2015 às 15h15.
Roma - Não há solução militar para os afogamentos de migrantes no Mediterrâneo, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, neste domingo, enquanto líderes europeus buscam maneiras de lidar com o fluxo de pessoas que deixam o norte da África em frágeis barcos.
O comentário de Ban ocorre uma semana após mais de 700 pessoas se afogarem no pior naufrágio em décadas de perigosa migração transoceânica.
O desastre chocou a União Europeia, que se comprometeu a fornecer mais recursos para os resgates. Em entrevista ao jornal italiano La Stampa, Ban disse que as Nações Unidas estavam prontas para ajudar a combater o problema.
Questionado sobre uma proposta do primeiro-ministro italiano Matteo Renzi de "capturar e destruir" os barcos que traficantes usam, Ban disse que a ONU tem como foco a segurança e a proteção de direitos humanos.
"Não há solução militar para a tragédia humana que ocorre no Mediterrâneo", disse Ban. "É crucial que nós tomemos uma abordagem holística que olhe para as causas, a segurança e os direitos humanos de migrantes e refugiados."