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Exército não deve ser polícia, diz Panetta no Uruguai

Panetta afirmou que muitas vezes os países da região usaram as Forças Armadas para combater o narcotráfico, mas essa não é a melhor alternativa


	O Secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta: Panetta disse que os EUA podem ajudar os países a melhorarem suas capacidades de segurança
 (©AFP/Getty Images / Chip Somodevilla)

O Secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta: Panetta disse que os EUA podem ajudar os países a melhorarem suas capacidades de segurança (©AFP/Getty Images / Chip Somodevilla)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 16h22.

Punta del Este - Os países da América Latina devem utilizar a polícia e não suas forças armadas para os trabalhos de vigilância e manter a ordem pública, disse nesta segunda-feira o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta. Ele assegurou aos ministros latino-americanos que os EUA ajudarão os países da região a modernizarem suas polícias e aparatos internos de segurança, se receberem pedidos de auxílio. Durante conferência no balneário uruguaio de Punta del Este, da qual participaram ministros da defesa dos países das Américas, Panetta afirmou que muitas vezes os países da região usaram as Forças Armadas para combater o narcotráfico, mas essa não é a melhor alternativa.

"Em alguns casos, os países usaram as Forças Armadas para apoiar as autoridades civis", disse Panetta. "Vamos ser claros. O uso do exército para os trabalhos que são da alçada civil não pode ser uma solução de longo prazo".

As declarações de Panetta, que não nomeou nenhum país específico, foram dirigidas a vários países que usaram as Forças Armadas para combater o narcotráfico nos últimos anos. Isso ocorreu na Colômbia e, mais recentemente, no México. Mas os países latino-americanos também têm criticado os EUA por não serem claros, muitas vezes, nas suas políticas de segurança. A política de deter suspeitos de terrorismo na base naval de Guantánamo, em Cuba, há mais de dez anos, é criticada.

Panetta disse que os EUA podem ajudar os países a melhorarem suas capacidades de segurança e respeitarem ao mesmo tempo os direitos humanos e as leis. "Podemos e daremos ajuda, mas no final as autoridades civis devem ser capazes por carregar elas mesmas essa carga", disse.

As informações são da Associated Press.

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