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Ex-parceira de Evo Morales é detida na Bolívia

Zapata não deu declarações aos jornalistas enquanto era transferida para a delegacia da polícia na zona Sul de La Paz


	Evo Morales: Zapata não deu declarações aos jornalistas enquanto era transferida para a delegacia da polícia na zona Sul de La Paz
 (Wenderson Araujo/AFP)

Evo Morales: Zapata não deu declarações aos jornalistas enquanto era transferida para a delegacia da polícia na zona Sul de La Paz (Wenderson Araujo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 17h54.

La Paz - Uma ex-parceira do presidente da Bolívia, Evo Morales, foi detida nesta sexta-feira por suposto tráfico de influência em contratos milionários entre o governo e a empresa chinesa da qual ela é uma alta executiva.

Zapata não deu declarações aos jornalistas enquanto era transferida para a delegacia da polícia na zona Sul de La Paz.

O jornalista Carlos Valverde afirmou em seu programa de televisão local que a advogada e empresária havia mantido um "relacionamento sentimental" com o presidente, resultando no nascimento de um filho em 2007, um ano depois que Morales tomou posse.

Depois disso, ela passou a dirigir a empresa chinesa CAMC Engineering, que ganhou sete projetos do governo por mais de US$ 500 milhões.

Morales reconheceu o romance com Zapata e assegurou que tiveram um filho que teria morrido, posteriormente. Sem dar mais detalhes, disse que desde 2007 não a via.

"Morales pediu para que se investiguem todos os contratos envolvendo essa empresa através da Controladoria, e o próprio presidente já ordenou que todos os mecanismos do Estado se ativem para esclarecer essas denúncias", disse o ministro do governo, Carlos Romero.

Ele acrescentou que "há denúncias do Ministério da Transparência e da Unidade de Investigação de Fortunas apresentadas contra Zapata no Ministério Público e nossa tarefa e colocá-la a disposição" das autoridades.

Essa é a primeira denúncia de corrupção envolvendo diretamente Evo Morales em seus dez anos de governo.

Mais de 70 empresas chinesas operam na Bolívia em contratos para o governo em mineração, obras públicas e projetos petroleiros.

A CAMC constrói uma usina de açúcar, uma unidade de produção de sais de potássio, um projeto de abastecimento de água e foi premiada com a compra de plataformas petroleiras.

Mas o próprio governo suspendeu um contrato para a construção de uma rede ferroviária por atrasos na entrega dos projetos.

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