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Ex-ministro de Maduro pede fim da Constituinte para evitar guerra

Maduro apresentou no domingo a possibilidade de um diálogo com a oposição para um "acordo de convivência" antes que seja tarde

Venezuela: "Recupere a governabilidade, ofereça soluções ao problema inflacionário, forneça comida", recomendou o ex-ministro (Andres Martinez Casares/Reuters)

Venezuela: "Recupere a governabilidade, ofereça soluções ao problema inflacionário, forneça comida", recomendou o ex-ministro (Andres Martinez Casares/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de julho de 2017 às 18h19.

Caracas - O ex-ministro de Interior da Venezuela Miguel Rodríguez Torres pediu nesta segunda-feira ao presidente do país, Nicolás Maduro, que suspensa a eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, prevista para o próximo domingo, para evitar uma guerra civil.

"Nas suas mãos está o poder de evitar que morram mais compatriotas nesta crise com critérios de estadista. Passe à história como o presidente que se corrigiu a tempo, que evitou uma guerra civil. Suspenda a Assembleia Nacional Constituinte, convença sem impor e chame todos os setores ao diálogo", indicou o ex-ministro, um militar reformado, em uma carta aberta.

Também ex-chefe do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), Rodríguez Torres disse que a divisão entre dois pólos nada contribuem para a solução das "verdadeiras penúrias" dos venezuelanos, citando os protestos e os confrontos entre o governo e a oposição, que já duram quase quatro meses.

"Recupere a governabilidade, ofereça soluções ao problema inflacionário, forneça comida, remédios, elimine o controle do câmbio, acabe com o descarado negócio que está ocorrendo com os chavistas que sangram o nosso país", completou na carta.

Maduro apresentou no domingo a possibilidade de um diálogo com a oposição para um "acordo de convivência" antes que seja tarde.

Rodríguez Torres fez parte do governo até o fim de 2014. Nos últimos meses, passou a fazer parte de um grupo que tem sido identificado como chavismo dissidente, que questiona o governo do atual presidente venezuelano.

"São maioria aqueles que desejam diálogo, perdão sem impunidade, reconciliação, segurança, ordem, democracia participativa e protagônica, prosperidade e paz, do que aqueles que apostam pela destruição do país em defesa dos seus interesses particulares", completa a carta do ex-ministro.

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