Mundo

EUA retirarão US$ 230 milhões destinados à estabilização da Síria

O governo afirmou que o dinheiro será utilizado em outras prioridades da política externa norte-americana

Os EUA citam a recente contribuição feita pela Arábia Saudita de US$ 100 milhões e a dos Emirados Árabes Unidos de US$ 50 milhões (Ammar Abdullah/File Photo/Reuters)

Os EUA citam a recente contribuição feita pela Arábia Saudita de US$ 100 milhões e a dos Emirados Árabes Unidos de US$ 50 milhões (Ammar Abdullah/File Photo/Reuters)

E

EFE

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 15h52.

Washington - O Governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira que irá retirar US$ 230 milhões destinados à estabilização da Síria para "apoiar outras prioridades de política externa".

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, autorizou seu departamento a "redirigir aproximadamente US$ 230 milhões de fundos de estabilização para a Síria, que estiveram sob revisão", disse a porta-voz da diplomacia dos EUA, Heather Nauert, em comunicado.

A funcionária afirmou que, em colaboração com o Congresso americano, "o Departamento de Estado redigirirá esses fundos para respaldar outras prioridades de política externa".

Nauert esclareceu que a medida não significa um menor compromisso do país para atingir "objetivos estratégicos na Síria".

"O presidente (Donald Trump) deixou claro que estamos preparados para permanecer na Síria até uma derrota duradoura do EI (grupo Estado Islâmico), e seguimos centrados em garantir a retirada das forças iranianas e de seus aliados", indicou Nauert.

Nauert acrescentou que a decisão não afetará a assistência humanitária dos EUA, que, lembrou, é o maior doador, como país, deste tipo de ajuda para a Síria, já que proporcionou US$ 8,1 bilhões com este fim desde o início do conflito em março de 2011.

A porta-voz justificou que a retirada dos US$ 230 milhões do fundo de estabilização foi adotada levando em conta as contribuições militares e financeiras "significativas" feitas até o momento e as instruções de Trump sobre a necessidade de aumentar a repartição da carga com os aliados.

Os EUA lideram a coalizão internacional contra o EI na Síria e o Iraque, que respalda no terreno as milícias curdas.

Nauert indicou que do Departamento de Estado obteve desde abril cerca de US$ 300 milhões em contribuições e compromissos de seus parceiros da coligação para apoiar "iniciativas críticas de estabilização e de recuperação temporã em áreas liberadas do EI no nordeste da Síria".

Nesse sentido, citou a recente contribuição feita pela Arábia Saudita de US$ 100 milhões e a dos Emirados Árabes Unidos de US$ 50 milhões.

Em uma conferência telefônica, o enviado especial dos EUA para a coligação contra o EI, Brett McGurk, sublinhou que em abril foi "identificada" a necessidade de se centrar em "incrementar a repartição" da carga financeira dos aliados da aliança antijihadista, depois que o EI tenha sido expulso de 99% do território que controlava.

McGurk destacou que os esforços de estabilização consistem em "deixar que as pessoas retornem às suas casas" e a volta dos serviços básicos, como a água, a zonas que estavam sob o domínio dos radicais, e defendeu que estes vão continuar.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Guerra na SíriaSíria

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA