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EUA reforçam diplomacia com Iêmen após ataque com vítimas civis

O "New York Times" publicou ontem que o governo iemenita pediu uma suspensão das operações antiterroristas americanas com tropas no terreno

Ataques no Iêmen: as declarações ocorreram após operação militar no final de janeiro na qual morreu um soldado americano e um número indeterminado de vítimas civis (Khaled Abdullah/Reuters)

Ataques no Iêmen: as declarações ocorreram após operação militar no final de janeiro na qual morreu um soldado americano e um número indeterminado de vítimas civis (Khaled Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 18h53.

Washington - O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, garantiu nesta quarta-feira que os Estados Unidos trabalham pela via diplomática para tranquilizar o Iêmen, depois que o jornal "The New York Times" informou que o governo iemenita quer proibir tropas americanas de realizarem operações antiterroristas no país.

Em sua entrevista coletiva diária, Spicer, que não quis confirmar a suspensão dessas operações, indicou que estão "trabalhando por canais diplomáticos" para reforçar os laços com o governo do Iêmen, após uma operação militar no final de janeiro na qual morreu um soldado americano e um número indeterminado de vítimas civis.

O "New York Times" publicou ontem que o governo iemenita pediu uma suspensão das operações antiterroristas americanas com tropas no terreno, algo que poderia afetar profundamente à luta contra a Al Qaeda no país árabe.

"O Iêmen compartilha e aprecia nosso interesse comum na luta contra o terrorismo e contra o Estado Islâmico (EI). Por enquanto, o que posso dizer é que trabalhamos através de canais diplomáticos", destacou Spicer.

O ministro das Relações Exteriores do Iêmen, Abdul-Malik Mejlafi, negou a existência de uma suspensão das operações das forças especiais americanas dentro do país, e ressaltou que está sendo feita uma "avaliação" da operação do último dia 29 de janeiro contra a Al Qaeda, na qual morreram mulheres e crianças.

Spicer reiterou hoje que a operação foi um "absoluto sucesso", apesar de o Comando Central dos EUA, encarregado das operações militares no Oriente Médio, ter reconhecido a possibilidade de vítimas civis e que encontrou mais fogo hostil que o esperado, o que provocou ferimentos em três militares americanos e a morte do fuzileiro William "Ryan" Owens.

"Quem disser o contrário está faltando com respeito à vida do militar Ryan Owens", destacou Spicer sobre as críticas à falta de planejamento do ataque antiterrorista, o primeiro autorizado por Donald Trump como presidente.

O porta-voz afirmou ainda que os críticos não apreciam a informação conseguida na operação militar e o fato de que "ataques serão prevenidos".

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