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EUA reconhecerão governo sírio que resulte de processo sem 'interferência externa'

Antony Blinken destaca compromisso com governança inclusiva e direitos humanos na Síria pós-Assad

Antony Blinken destaca compromisso com governança inclusiva e direitos humanos na Síria pós-Assad (Jordan Pix/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 16h55.

Última atualização em 10 de dezembro de 2024 às 16h55.

Os Estados Unidos anunciaram que reconhecerão e apoiarão um governo sírio resultante de um processo de transição inclusivo e sem interferência externa. A declaração foi feita nesta terça-feira, 10, pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken .

“O povo sírio decidirá o futuro da Síria. Todas as nações devem comprometer-se a apoiar um processo inclusivo e transparente e abster-se de qualquer interferência externa”, afirmou Blinken em comunicado.

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O secretário de Estado destacou que os EUA “reconhecerão e apoiarão plenamente o futuro governo sírio que emergir deste processo”. Ele também reforçou que o país está pronto para prestar todo o apoio necessário às diversas comunidades e setores da população síria.

Blinken enfatizou a necessidade de uma “governança crível, inclusiva e não sectária que cumpra os padrões internacionais”. O processo de transição e o novo governo devem:

Papel dos rebeldes

O governo de Joe Biden celebrou a queda do regime de Bashar al Assad como uma derrota para o Irã e a Rússia. No entanto, Washington teme que disputas internas entre rebeldes possam fragmentar o país ou criar um vácuo explorado pelo Estado Islâmico, que já controlou vastas áreas da Síria e do Iraque em 2014.

As forças rebeldes nomearam nesta terça-feira Mohamed al Bashir como primeiro-ministro interino. Ele é ligado à Organização para Libertação do Levante ( Hayat Tahrir al Sham, HTS), grupo que liderou a ofensiva contra Assad, mas que os EUA classificam como uma organização terrorista.

Posição dos EUA em relação ao HTS

Até o momento, os EUA não planejam revogar as sanções contra o HTS, mas estão “observando” as ações do grupo, segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

Kirby também afirmou que a queda do governo de Assad representa uma oportunidade para coletar informações sobre o paradeiro de Austin Tice, jornalista americano sequestrado em 2012 enquanto cobria o conflito sírio.

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