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EUA querem reconhecimento de voz em julgamento de terrorista

As autoridades federais do país querem utilizar pela primeira vez um sofisticado sistema de reconhecimento de voz como prova em um julgamento por terrorismo


	Balança da Justiça: os advogados da defesa argumentam que a tecnologia não está suficientemente provada
 (Thinkstock/Vladek)

Balança da Justiça: os advogados da defesa argumentam que a tecnologia não está suficientemente provada (Thinkstock/Vladek)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2015 às 16h22.

Nova York - As autoridades federais dos Estados Unidos querem utilizar pela primeira vez um sofisticado sistema de reconhecimento de voz como prova em um julgamento por terrorismo que começará na semana que vem em Nova York.

Segundo o jornal "Daily News", a juíza do caso, Sandra Townes, ainda não decidiu se permitirá que os resultados do uso deste software sejam apresentados ao júri.

É o mesmo sistema que identificou o cidadão britânico conhecido como "Jihad John", que aparecia em vários vídeos de decapitações do Estado Islâmico (EI), e que já havia sido utilizado no passado para confirmar a identidade de Osama bin Laden em várias gravações.

Neste caso, a tecnologia comparou a voz do acusado, Mohammed Yousef, com a de um militante mascarado que protagoniza vídeos de propaganda da milícia somali Al Shabab e que as autoridades acreditam ser a mesma pessoa.

As análises de voz também foram utilizadas em telefonemas interceptados pelas autoridades suecas entre Yousef e outro dos acusados, Ali Yasin Ahmed.

A procuradoria defende, segundo documentos vistos pelo "Daily News", que embora nenhum tribunal federal tenha utilizado estes sistemas de reconhecimento de voz, eles foram autorizados em pelo menos uma corte estadual e são frequentes nas atividades da polícia.

Os advogados da defesa argumentam que a tecnologia não está suficientemente provada.

Yousef, Ahmed e uma terceira pessoa, Mahdi Hashi, são acusados de apoiarem uma organização terrorista. 

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