EUA punem 18 funcionários da Síria por uso de armas químicas
O Departamento do Tesouro indica o uso de gás cloro em ataques realizados em três localidades diferentes em 2014 e 2015
EFE
Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 17h48.
Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira sanções contra 18 funcionários do alto escalão do governo da Síria e cinco órgãos das Forças Armadas do país pelo uso de armas químicas contra seus próprios cidadãos no conflito interno que já dura mais de cinco anos.
"O uso de armas químicas por parte do regime sírio contra seus próprios cidadãos é um ato atroz, que viola a antiga norma global contra a produção e emprego de armas químicas", afirmou Adam J. Szubin, subsecretário interino de Terrorismo e Inteligência Financeira do Departamento do Tesouro dos EUA.
O Departamento do Tesouro indica o uso de gás cloro em ataques realizados em três localidades diferentes: Talmenes (2014), Qmenas (2015) e Sarmin (2015).
É a primeira vez que os EUA punem funcionários do regime da Síria por violações da resolução do Conselho de Segurança da ONU.
Além disso, o governo norte-americano incluiu na lista de sanções a Força Aérea, a Defesa, o Exército, a Marinha e Guarda Republicana da Síria.
Com a decisão do Tesouro, ficam congelados os ativos financeiros dos punidos que possam estar sob a jurisdição dos EUA.
Em comunicado paralelo, a Casa Branca afirmou que os "continuados e bárbaros ataques do regime de Bashar al Assad mostram sua disposição de desafiar os padrões básicos de decência humana e as obrigações internacionais".
A Síria aderiu em outubro de 2013 a convenção que proíbe a produção, o armazenamento e o uso desse tipo de armamento, incluindo o gás cloro, um produto industrial que pode ser utilizado como arma.