EUA podem enviar ajuda a Gaza e abrir corredor marítimo após morte de palestinos
Biden disse que os aviões devem ser enviados em breve e que os Estados Unidos buscam outras formas para facilitar a entrada de ajuda para os palestinos em Gaza
Agência de notícias
Publicado em 1 de março de 2024 às 20h47.
O presidente Joe Biden anunciou nesta sexta-feira, 1, que os Estados Unidos vão começar a usar aviões para lançar ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A decisão reflete a frustração da Casa Branca com o apoio insuficiente aos civis no enclave sitiado e crescente pressão após a morte de dezenas de palestinos desesperados atrás de umcomboio humanitário.
"O fluxo de ajuda para a Faixa de Gaza não é nem de longe suficiente", disse Biden durante a visita a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. "Não é nem de longe suficiente. Vidas inocentes estão em risco, vidas de crianças estão em risco. Não ficaremos parados até conseguirmos que mais ajuda chegue", reforçou.
Entrada de ajuda em Gaza
Sem dar detalhes de quando, Biden disse que os aviões devem ser enviados em breve e que os Estados Unidos buscam outras formas para facilitar a entrada de ajuda para os palestinos em Gaza.
"Nos próximos dias, vamos nos juntar aos nossos amigos na Jordânia entre outros que estão fornecendo lançamentos aéreos com alimentos e suprimentos adicionais", disse Biden. "Vamos procurar abrir outros caminhos, incluindo possivelmente um corredor marítimo", acrescentou.
O que aconteceu?
O Hamas acusa Israel de atirar contra pessoas que corriam desesperadas atrás do comboio com ajuda humanitária na Cidade de Gaza. O ministério da Saúde local, que é controlada pelo grupo terrorista, afirma que ao menos 115 pessoas morreram e 750 ficaram feridas.
Autoridades israelenses admitem que suas tropas dispararam contra palestinos que se aproximaram de forma "ameaçadora", mas atribui o número de vítimas à confusão.
Ontem, Biden disse a jornalistas que a Casa Branca analisa as duas versões e reconheceu que a morte de civis palestinos na fila por ajuda humanitária pode complicar as negociações por um cessar-fogo, que se arrastam há semanas.
(Com agências internacionais)