Mundo

EUA: negociações de Tianjin estão abaixo das expectativas

Negociações na China são a última etapa antes da grande Conferência do Clima em Cancún, no México

Países negociadores esperam superar o fracasso da Conferência de Copenhague nas negociações realizadas na China (Frederic J. Brown/AFP)

Países negociadores esperam superar o fracasso da Conferência de Copenhague nas negociações realizadas na China (Frederic J. Brown/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Tianjin, China - As negociações sobre o clima que acontecem em Tianjin (China), última etapa antes da grande reunião de Cancún em novembro, não estão à altura das expectativas e será necessário muito trabalho para chegar a um resultado, afirmou o principal negociador americano, Jonathan Pershing.

"O tempo passa e há menos acordos do que poderíamos esperar nesta etapa das discussões", declarou Pershing à imprensa.

"Vamos precisar de muito trabalho para alcançar até o fim de semana um resultado que leve a um resultado significativo em Cancún", completou.

Negociadores de mais de 170 países estão reunidos desde segunda-feira e até sábado em Tianjin para preparar a grande reunião da ONU sobre o clima de Cancún (29 de novembro a 10 de dezembro), da qual se espera um resultado que permita superar o fracasso da COP-15, a reunião de Copenhague no fim de 2009.

Apesar dos negociadores concordarem que é praticamente impossível obter um acordo global que permita combater de modo eficaz as mudanças climáticas, eles esperam algumas decisões concretas sobre temas como a luta contra o desmatamento ou a transferência de tecnologia.

"O que é frustrante nestas negociações é que países voltam a insistir sobre coisas que considerávamos decididas nas negociações de Copenhague", disse o americano.

Pershing, assim como outros negociadores, teme que um fracaso em Cancún desacredite todo o processo de negociações da ONU, já muito criticado depois de de Copenhague pela lentidão, complexidade e lógica de consenso.

"Não alcançar um acordo teria consequências que devem nos deixar preocupados, que devemos levar em consideração seriamente".

Leia mais notícias sobre o aquecimento global

Siga as notícias do site EXAME sobre Meio Ambiente e Energia no Twitter

Acompanhe tudo sobre:Aquecimento globalÁsiaChinaClimaEmissões de CO2

Mais de Mundo

Bandeira invertida coloca Suprema Corte dos EUA em apuros

Primeiro-ministro eslovaco passa por nova cirurgia e segue em estado grave

Vaticano alerta contra episódios imaginários relacionados a milagres e aparições

Governo Biden quer reclassificar maconha como droga de menor risco

Mais na Exame