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EUA mantêm rejeição às eleições venezuelanas após mudança de data

Sob forte pressão, Maduro anunciou nesta quinta-feira que adiaria o pleito eleitoral, como um acordo com a oposição

Venezuela: "exigimos pleitos justos, livres e com observação internacional crível" (Jaime Saldarriaga/Reuters)
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EFE

Publicado em 2 de março de 2018 às 06h32.

Washington - Os Estados Unidos mantiveram sua rejeição às eleições presidenciais venezuelanas , apesar da mudança de data de 22 de abril para 20 de maio anunciada nesta quinta-feira, e reiteraram sua exigência por pleitos "justos, livres e com observação internacional crível".

"Renovamos nosso chamado ao estabelecimento de um calendário eleitoral em cumprimento com a Constituição e em consulta com a legítima Assembleia Nacional (de maioria opositora)", declarou hoje à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado que pediu anonimato.

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"Eleições livres e justas devem incluir a total participação de todos os partidos e líderes políticos, um calendário eleitoral apropriado, observação internacional crível e uma autoridade eleitoral independente", acrescentou.

Já quando foram convocados de maneira antecipada os pleitos para o dia 22 de abril, os Estados Unidos deixaram claro que não reconheceriam seus resultados por considerar que se trata de eleições que não são nem legítimas, nem justas nem livres.

"Os Estados Unidos estão com as nações democráticas de ao redor do mundo em apoio ao povo da Venezuela e ao seu direito soberano a escolher seus representantes através de eleições livres e justas", insistiram hoje fontes oficiais.

Washington estuda agora a imposição de sanções econômicas relacionadas ao petróleo, uma carta que tem guardado até agora, para pressionar o governo venezuelano, como antecipou o secretário de Estado, Rex Tillerson, no início de fevereiro.

Perguntada hoje pela Efe a esse respeito, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, se limitou a dizer que os EUA avaliam diferentes vias.

Após ter imposto sanções a mais de 50 indivíduos e sobre o sistema financeiro da Venezuela, o petróleo é o recurso que resta aos Estados Unidos para tentar obrigar o presidente Nicolás Maduro a mudar de postura, algo que não conseguiu até agora.

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