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EUA indiciam Del Nero e Ricardo Teixeira em caso Fifa

A Justiça dos EUA anunciou o indiciamento do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e do ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira


	Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero: indiciamento de dirigentes inclui envolvimento em esquemas para pagar e receber mais de 200 milhões de dólares em propinas
 (Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero: indiciamento de dirigentes inclui envolvimento em esquemas para pagar e receber mais de 200 milhões de dólares em propinas (Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 17h54.

Nova York - A Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira o indiciamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, e do ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira em investigação de casos de corrupção no futebol mundial.

O indiciamento de 16 dirigentes da Fifa e outros nesta quinta-feira inclui envolvimento em esquemas para pagar e receber mais de 200 milhões de dólares em propinas e subornos, de acordo com documentos judiciais.

Del Nero renunciou na semana passada à sua posição no comitê executivo da Fifa, entidade que comanda o futebol mundial. Ele foi indicado membro do comitê executivo em março de 2012, após a saída de Teixeira da presidência da CBF e do cargo na Fifa em meio a denúncias de corrupção.

Teixeira comandou a CBF por 23 anos e era o presidente do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014 quando renunciou aos cargos.

O também ex-presidente da CBF José Maria Marin, antecessor de Del Nero e sucessor de Teixeira, foi preso na Suíça em maio como parte de indiciamento anterior de autoridades norte-americanas e foi extraditado para os EUA, onde enfrenta acusações de recebimento de suborno em contratos de direitos de transmissão de torneios de futebol.

Del Nero, que assumiu a presidência da CBF em abril no lugar de Marin e cujo mandato vai até 2019, não viaja ao exterior desde o fim de maio, quando voltou da Suíça ao Brasil depois das prisões de dirigentes e executivos de marketing esportivo, entre eles Marin, por acusações de corrupção.

Del Nero nega que tivesse conhecimento de qualquer irregularidade na CBF e alega que está se dedicando ao futebol brasileiro. O Comitê de Ética da Fifa informou nesta quinta-feira ter iniciado procedimentos formais contra Del Nero em 23 de novembro.

A CBF não respondeu de imediato a pedido de comentário sobre os acontecimentos envolvendo Del Nero.

Mais cedo nesta quinta-feira, a polícia da Suíça prendeu o presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, e o presidente da Concacaf, Alfredo Hawit, por suspeitas de terem recebido milhões de dólares em subornos relacionados a direitos de transmissão de eventos esportivos.

As prisões foram feitas no âmbito do indiciamento do Departamento de Justiça norte-americano.

Texto atualizado às 18h53
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