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EUA incluem rapper em lista de terroristas por ajudar EI

Estados Unidos anunciaram a inclusão do rapper alemão Denis Cuspert como "terrorista internacional", sob acusação de ajudar a recrutar combatentes para o EI


	Estado Islâmico: Cuspert era conhecido como rapper na Alemanha sob o nome artístico de "Deso Dogg"
 (AFP)

Estado Islâmico: Cuspert era conhecido como rapper na Alemanha sob o nome artístico de "Deso Dogg" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 21h40.

Washington - Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira a inclusão do rapper alemão Denis Cuspert como "terrorista internacional" na lista elaborada pelo Departamento de Estado, sob a acusação de "ajudar a recrutar combatentes estrangeiros para as fileiras" do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.

"Cuspert realizou um juramento de lealdade ao líder do EI, Abu Bakr al Bagdadi, e parece atuar como recrutador do grupo com especial ênfase entre os germânico-falantes", indicou o Departamento de Estado em comunicado.

Com esta designação, foram congelados os ativos que o músico possa ter sob jurisdição americana e proíbe que cidadãos ou empresas americanas realizem transações financeiras com ele.

Antes de se unir ao EI, Cuspert era conhecido como rapper na Alemanha sob o nome artístico de "Deso Dogg".

De acordo com o governo americano, Cuspert, de 39 anos, que mudou o próprio nome para Abu Talla al Almani, aparece em vários vídeos do EI, entre eles um no qual sustenta a cabeça decapitada de um homem executado por enfrentar o grupo jihadista em novembro.

Além disso, o cidadão alemão, que se uniu ao grupo em 2012, é considerado um dos autores dos vídeos nos quais os jihadistas mostram a execução de vários reféns ocidentais, como o jornalista americano James Foley.

"É o tipo emblemático de recruta estrangeiro que o EI procura para suas fileiras, indivíduos que estiveram envolvidos em atividades criminosas em seus países de origem e que quando viajam ao Iraque ou a Síria cometem crimes muito piores contra as pessoas de seus países", acrescentou o comunicado.

Mais de dois mil cidadãos ocidentais, a maioria franceses e belgas, se uniram às fileiras do EI, o que gerou crescente preocupação em parte dos governos destes estados diante do perigo que representa seu retorno a seus países.

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