EUA incluem líder do Hamas e 3 grupos em lista de terroristas
O Departamento de Estado aponta que Haniye tem "laços próximos com a ala militar do Hamas e foi um dos promotores da luta armada"
EFE
Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 19h59.
Washington - Os Estados Unidos incluíram nesta quarta-feira o chefe político do movimento islamita Hamas , Ismail Haniye, e outros três grupos que operam nos territórios palestinos e no Egito em sua lista de terroristas internacionais.
"São grupos e líderes terroristas, dois patrocinados e dirigidos pelo Irã, que estão ameaçando a estabilidade do Oriente Médio, minando o processo de paz e atacando os nossos aliados Egito e Israel", indicou o secretário de Estado, Rex Tillerson, em seu anúncio.
"As ações de hoje são um passo importante para negar-lhes os recursos de que precisam para planejar e fazer suas atividades terroristas", acrescentou Tillerson em um comunicado.
O Hamas foi incluído nesta lista em 2001 e desde 1997 é considerado pelos EUA uma organização terrorista internacional.
O Departamento de Estado aponta que Haniye tem "laços próximos com a ala militar do Hamas e foi um dos promotores da luta armada, também contra civis".
"Há informações de que esteve envolvido em ataques terroristas contra cidadãos israelenses. O Hamas foi responsável pelo assassinato de 17 americanos em ataques terroristas", aponta a nota.
Os outros três grupos que se somam hoje à lista são o Movimento do Braços do Egito-Hasm, o grupo Liwa al-Thawra (ambos com operações no Egito) e o Harakat al-Sabireen, ativo em Gaza e na Cisjordânia e ao qual os EUA consideram patrocinado pelo Irã.
Washington impõe aos indivíduos e grupos incluídos nesta lista sanções por considerar "que cometeram, ou apresentam um risco significativo de cometer, atos terroristas que ameaçam a segurança de cidadãos americanos, a segurança nacional, a política externa e a economia do país".
Entre outras consequências, os EUA bloqueiam todas as propriedades e ativos que os integrantes dessa lista tenham em jurisdição americana e proíbem os cidadãos americanos que façam qualquer tipo de transação com eles.