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EUA emite primeiro passaporte para pessoas não binárias

O Departamento de Estado anunciou que esta opção estará disponível em nível geral no início de 2022, tanto para os passaportes quanto para as certidões de nascimento dos americanos no exterior

 (Maudib/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 27 de outubro de 2021 às 15h39.

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (27) a emissão do primeiro passaporte com um "X" na categoria de gênero, um passo histórico para as pessoas que lutam contra a classificação binária de homem ou mulher.

O Departamento de Estado anunciou que esta opção estará disponível em nível geral no início de 2022, tanto para os passaportes quanto para as certidões de nascimento dos americanos no exterior.

"Quero reiterar, com motivo desta emissão de passaportes, o compromisso do Departamento de Estado com a promoção da liberdade, da dignidade e da igualdade de todas as pessoas, incluindo as pessoas LGBTQIA+", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em nota.

O secretário de Estado, Antony Blinken, prometeu tratar desta questão em junho, assim que alguns obstáculos tecnológicos fossem resolvidos.

Também sob o mandato de Blinken, o Departamento de Estado permitiu aos titulares de passaportes americanos selecionarem seu gênero.

Até essa reforma, os americanos precisavam de um certificado médico se quisessem marcar em seus passaportes um gênero diferente do que constava em suas certidões de nascimento ou outros documentos.

Ao menos outros 11 países já possuem a opção "X" ou "outro" nos passaportes, segundo a Rede de Empregadores pela Igualdade e Inclusão, um grupo de defesa com sede em Londres.

Entre esses países estão Canadá, Alemanha e Argentina, assim como Índia, Nepal e Paquistão, legado do conceito histórico do sul da Ásia "hijra", que faz referência a um terceiro gênero. O Departamento de Estado fez o anúncio na semana do Dia da Conscientização sobre a Intersexualidade.

O presidente Joe Biden prometeu fazer da defesa dos direitos LGBTQIA+ uma das principais prioridades de seu governo, um giro de 180 graus em comparação com o governo de seu antecessor, o republicano Donald Trump, que proibiu as embaixadas americanas de erguerem a bandeira do arco-íris.

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