Mundo

EUA emite novas sanções por suposta eleição fraudulenta na Venezuela

No começo do mês, a Venezuela realizou eleições parlamentares boicotadas pela oposição e vencidas pelo oficialismo

Venezuela: o Departamento do Tesouro dos EUA disse que colocou na lista negra a empresa venezuelana de tecnologia biométrica (Manaure Quintero/Reuters)

Venezuela: o Departamento do Tesouro dos EUA disse que colocou na lista negra a empresa venezuelana de tecnologia biométrica (Manaure Quintero/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 20h19.

Os Estados Unidos impuseram sanções nesta sexta-feira contra duas pessoas e uma empresa que, segundo o país, tiveram participação em eleições fraudulentas na Venezuela, mantendo a pressão sobre o presidente socialista Nicolás Maduro, mesmo com o mandato do presidente Donald Trump chegando ao fim.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse que colocou na lista negra a empresa venezuelana de tecnologia biométrica Ex-Cle Soluciones Biometricas C.A., apontada como fornecedora de bens e serviços usados pelo governo de Maduro para realizar eleições parlamentares no início deste mês.

Os EUA, a União Europeia e mais de uma dezena de países latino-americanos disseram na semana passada que não reconheceriam os resultados da eleição parlamentar na Venezuela em 6 de dezembro, em que os aliados de Maduro conquistaram maioria.

"Os esforços ilegítimos do regime de Maduro para roubar as eleições na Venezuela mostram seu desprezo pelas aspirações democráticas do povo venezuelano", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em comunicado nesta sexta-feira.

"Os Estados Unidos continuam comprometidos em atingir o regime de Maduro e aqueles que apoiam seu objetivo de negar ao povo venezuelano o direito a eleições livres e justas", acrescentou.

Também foram afetados dois indivíduos que, segundo o Tesouro, agiram em nome da Ex-Cle Soluciones Biometricas C.A., o argentino-italiano Guillermo Carlos San Agustín e o venezuelano Marcos Javier Machado Requena.

A medida congela quaisquer ativos norte-americanos da empresa e das pessoas e geralmente impede que os norte-americanos negociem com eles.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Venezuela

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo