Mundo

EUA e Rússia avançam em acordo sobre desarmamento da Síria

John Kerry se encontrou com o chanceler russo para conseguir um acordo vinculativo sobre o desarmamento do arsenal químico de Assad

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, se encontram durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York (Eric Thayer/Reuters)

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, se encontram durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York (Eric Thayer/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 22h19.

Nações Unidas - O secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, realizaram nesta terça-feira uma 'reunião construtiva' para conseguir um acordo vinculativo sobre o desarmamento do arsenal químico da Síria que inclua 'consequências' se esse país não cumpri-lo.

Kerry e Lavrov se reuniram por mais de 90 minutos no Hotel Waldorf Astoria no marco da 68ª Assembleia Geral da ONU, centrados nas negociações para que a Síria elimine seu arsenal de armas químicas, disseram à imprensa funcionários do governo de Barack Obama, que pediram anonimato.

'Foi construtiva. Alcançamos um progresso hoje... se este acordo não for cumprido, haverá consequências', disse uma funcionária, que se negou a detalhar se estas incluiriam o uso da força.

'O que necessitamos é um regime vinculativo, verificável, aplicável, que tenha a melhor possibilidade de iniciar o acordo', disse outro dos funcionários.

Perguntados sobre se poderia haver um anúncio ainda nesta semana, os funcionários só indicaram que EUA e Rússia continuam analisando os textos para evitar 'resquícios' ou 'ambiguidade' no plano para eliminar as armas químicas da Síria.

A reunião aconteceu em um pequeno quarto do hotel que continha uma bandeira russa e um grande retrato do presidente russo, Vladimir Putin, cujo governo serviu de anfitrião ao encontro bilateral, segundo os funcionários.

Um relatório dos inspetores das Nações Unidas confirmou recentemente o uso de armas químicas contra a população civil por parte do regime do presidente sírio, Bashar al Assad, no último dia 21 de agosto.

A Administração Obama insistiu que prefere resolver o conflito pela via diplomática, mas também deixou em claro que poderia recorrer ao uso da força.

Pressionados várias vezes pelos jornalistas, os funcionários evitaram oferecer detalhes sobre os textos e ressaltaram que 'ainda resta muito trabalho a fazer'.

'Este assunto é muito difícil. Todos queremos que se alcance o mais breve possível', concluiu um dos funcionários.

Acompanhe tudo sobre:Armas químicasÁsiaEuropaJohn KerryPolíticosRússiaSíria

Mais de Mundo

Donald Trump nomeia Susie Wiles como chefe de gabinete

Milei terá encontro com Trump na semana que vem nos Estados Unidos

Setores democratas atribuem derrota de Kamala à demora de Biden para desistir da disputa

Pelúcias inspiradas na cultura chinesa viralizam e conquistam o público jovem