EUA doará 500 milhões de doses da Pfizer para o mundo, diz Washington Post
Biden deve anunciar o plano na reunião do G7 no Reino Unido nesta semana
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2021 às 15h12.
Última atualização em 9 de junho de 2021 às 15h36.
O governo americano planeja doar mais de 500 milhões de doses de vacina contra covid-19 da Pfizer para cerca de 100 países, segundo informações do The Washington Post nesta quarta-feira. Nesta semana, o presidente americano Joe Biden viaja à Europa para se encontrar com aliados em sua primeira viagem ao exterior como presidente dos Estados Unidos.
Biden deve anunciar o plano na reunião do Grupo dos Sete ( G7 ) no Reino Unido, de acordo com reportagem do Post, que mencionou três fontes familiarizadas com o assunto. O presidente americano pretende, no encontro, traçar uma estratégia multilateral para acabar com a pandemia, além da doação de doses. Segundo ele, o trabalho exigirá parceria com as farmacêuticas.
A Casa Branca não quis comentar e a Pfizer não respondeu a um pedido de comentário até a publicação do The Washington Post.
Na semana passada, os EUA já haviam anunciado a doação decerca de 25 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para outros países.Há pouco mais de 20 dias, Biden também anunciou que os Estados Unidos enviariam a outros países 80 milhões de doses de vacinas até o fim de junho. O Brasil entrou na lista de países que irão receber vacinas americanas através do Covax Facility, consórcio internacional. Os Estados Unidos irão distribuir 75% das doses por meio do Covax e 25% diretamente a outros países.
A estratégia sobre o compartilhamento de doses levou meses para ser anunciada. Desde o início de março, quando ficou claro que os EUA aceleraram seu processo de vacinação a ponto de vislumbrar a volta à normalidade, a comunidade internacional tem cobrado que o governo americano colabore com o enfrentamento do vírus ao redor do mundo. Países fizeram pedidos diretamente à Casa Branca.
Os EUA, então, ampliaram a promessa de financiamento ao Covax Facility, o consórcio internacional para promover acesso equitativo às vacinas. A Casa Branca continuou pressionada, no entanto, a fazer mais do que isso. Há 15 dias, Biden afirmou que os Estados Unidos seriam responsáveis por um "arsenal de vacinas" para acabar com a pandemia em todos os lugares do mundo.
(Com informações do Estadão Conteúdo)