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EUA dizem ter novas sanções prontas contra Rússia

Sanções serem impostas à Rússia se o país não tomar medidas para acalmar as tensões com a Ucrânia

Separatistas pró-Rússia montam guarda no centro da cidade de Snizhnye, no leste da Ucrânia (Shamil Zhumatov/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 22h36.

Washington - Os Estados Unidos afirmaram nesta quarta-feira que novas sanções estão prontas para serem impostas à Rússia se o país não tomar medidas para acalmar as tensões com a Ucrânia, incluindo a suspensão do envio de combatentes e de armas para apoiar os separatistas ucranianos.

Uma autoridade de alto escalão norte-americana disse na sexta-feira que os EUA e a União Europeia intensificaram conversas sobre sanções "bisturi" na indústria financeira, de defesa e de alta tecnologia da Rússia, já que mais material militar russo tem sido enviado à Ucrânia.

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O Departamento de Estado dos EUA se recusou a fornecer detalhes sobre as sanções.

No entanto, um diplomata ocidental disse nesta quarta-feira que as sanções poderiam incluir medidas para limitar compras de títulos da dívida de empresas estatais russas, restringir a transferência de tecnologia no setor de energia e reprimir a venda dos chamados produtos de dupla utilização para aplicação civil e militar à Rússia.

A decisão é vista como uma resposta ao que as autoridades norte-americanas disseram ser um recente aumento no apoio russo aos separatistas ucranianos, incluindo o fornecimento de tanques e a preparação para enviar mais veículos blindados ao leste da Ucrânia.

Rebeliões separatistas eclodiram no leste da Ucrânia no início de abril, depois que protestos de rua em Kiev derrubaram o líder Viktor Yanukovich, apoiado por Moscou, e que a Rússia, por sua vez, anexou a península da Crimeia.

Os rebeldes têm defendido a união com a Rússia.

"Precisamos ver a Rússia proteger a sua fronteira, interromper o fluxo de combatentes e armas para a Ucrânia e pedir aos separatistas que deponham as armas e libertem os reféns da OSCE", disse a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Marie Harf.

Harf se referiu aos monitores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, uma entidade de direitos que perdeu o contato com duas equipes de monitoramento no fim de maio durante os intensos combates entre o Exército ucraniano e os separatistas pró-russos.

Na semana passada, a OSCE disse que havia restabelecido o contato com as duas equipes de quatro pessoas e exigiu a sua libertação imediata. "Essas são as ações importantes que estamos buscando", acrescentou Harf.

"Temos sanções adicionais prontas." A porta-voz não deu informações detalhadas sobre as sanções. No entanto, na semana passada, o oficial sênior dos EUA disse que as punições foram projetadas "para negar à Rússia os tipos de investimento e tecnologia de última geração que precisa para continuar a crescer".

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