EUA destinam US$ 8,5 mi a vítimas de massacre em boate de Orlando
O fundo servirá para ajudar psicologicamente as vítimas, testemunhas e os membros dos serviços de emergência que foram afetados pelo ataque
EFE
Publicado em 14 de março de 2017 às 14h49.
Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira a criação de um programa de US$ 8,5 milhões para ajudar as vítimas do massacre em Orlando, na Flórida, onde 49 pessoas morreram no ano passado pelas mãos de um homem que tinha jurado lealdade ao Estado Islâmico (EI).
Concretamente, o valor total da ajuda é de US$ 8.466.970 e será entregue nesta quarta-feira à procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi, informou o Departamento de Justiça em comunicado.
"Com esta doação, reafirmamos o compromisso do Departamento de Justiça com o povo de Orlando, as famílias das vítimas e todos os que ajudam os afetados por este crime atroz", disse em comunicado o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions.
O massacre de Orlando aconteceu na madrugada de 12 de junho de 2016 na boate gay Pulse, onde Omar Mateen, um guarda de segurança que tinha jurado lealdade ao EI, entrou fortemente armado, matou 49 pessoas, feriu 53 e depois foi abatido pelas forças especiais da polícia de Orlando.
O fundo do governo provém do Escritório para as Vítimas de Crimes (OVC, sigla em inglês), parte do Departamento de Justiça e que foi criado em 1995 depois do atentado em Oklahoma City, onde um caminhão carregado com explosivos explodiu em frente ao edifício governamental Alfred P. Murrah e deixou 168 mortos.
A diretora do OVC, Marilyn McCoy Roberts, indicou hoje que o fundo de US$ 8,5 milhões servirá para ajudar psicologicamente as vítimas, testemunhas e pessoal dos serviços de emergência que foram afetados pelo ataque.
Além disso, segundo a diretora do OVC, o fundo está destinado a ajudar economicamente o Centro de Assistência Orlando Unido (OUAC, sigla em inglês), uma organização criada pelo município de Orlando e pelo condado de Orange para proporcionar informação, apoio e recursos às vítimas do massacre.
Essa organização conta com pessoal com experiência com a minoria hispânica e com a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT), segundo consta em seu site.
A morte de 49 pessoas em Orlando se transformou no pior massacre em território americano desde os atentados de 11 de setembro de 2001, quando cerca de 3 mil pessoas morreram.