"Houve uma série de ventos contrários neste ano", afirmou o porta-voz Jay Carney (Chip Somodevilla/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2011 às 12h06.
EUA - Os Estados Unidos saudaram na sexta-feira os progressos obtidos para se enfrentar a crise da dívida na zona do euro, ao final da cúpula da União Europeia em Bruxelas, cujo objetivo foi reforçar a disciplina fiscal do bloco.
"Houve um progresso razoável e isto é uma boa coisa", afirmou o porta-voz da Casa Branca Jay Carney, na primeira reação dos Estados Unidos à cúpula de Bruxelas, onde foram acertadas medidas para endurecer a política fiscal e salvar a zona do euro.
"No final das contas, é um problema europeu que precisa de uma solução europeia. Pensamos que devem agir de forma decidida para resolvê-lo, mas há progressos".
Os líderes europeus reunidos em Bruxelas obtiveram na sexta-feira um acordo para reforçar a disciplina fiscal da zona do euro, com o objetivo de salvar a moeda única, mas fracassaram em incluir tal objetivo no Tratado dos 27, devido à oposição da Grã-Bretanha.
Carney se negou a comentar as divergências entre Londres e os demais países da UE.
Os europeus também anunciaram sua intenção de reforçar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI), para que possa ajudar a zona do euro, mas Carney recordou que os Estados Unidos não têm qualquer intenção de aumentar sua contribuição ao Fundo.
A funcionária assinalou que Washington controlará muito atentamente os eventuais empréstimos que o FMI venha a conceder a qualquer país europeu, cuidando especialmente para que isto não prejudique a base financeira do Fundo.