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EUA descartam devolver Guantánamo a Cuba

Esse território inclui uma importante base naval e um polêmico centro militar de detenção

O "campo 6" da prisão americana de Guantánamo em 8 de abril: território está sob controle americano desde 1903 (Mladen Antonov/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 05h41.

Washington - Os esforços para recompor os laços entre Estados Unidos e Cuba não vão convencer Washington a devolver a Havana o controle da base de Guantánamo, no extremo sudeste da ilha - anunciou a Casa Branca, nesta quinta-feira.

"O presidente pensa, realmente, que a prisão da base de Guantánamo deve ser fechada. Mas a base naval não é algo que desejamos fechar", explicou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Esse território inclui uma importante base naval e um polêmico centro militar de detenção. O presídio começou a ser utilizado para manter reclusos suspeitos de terrorismo apenas quatro meses depois dos atentados de 11 do Setembro, em 2001.

O presidente Barack Obama já deixou clara sua intenção de fazer o que for necessário para fechar o local, determinação que ganhou destaque em seu último discurso anual sobre o Estado da União.

Estados Unidos e Cuba surpreenderam o mundo em 17 de dezembro passado, ao revelar sua intenção de pôr fim a meio século de desentendimentos e normalizar as relações diplomáticas, em um acordo selado em um histórico telefonema entre Obama e Raúl Castro.

Na quarta-feira, em seu discurso na Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), na Costa Rica, o presidente cubano, Raúl Castro, defendeu que a restituição do controle desse território de 116 km2 constitui um passo necessário para a normalização das relações com os EUA.

Esse território está sob controle americano desde 1903.

Em seu pronunciamento, Castro enumerou outras demandas para regularizar as relações, como a retirada de Cuba da lista americana de nações que patrocinam o terrorismo e mudanças nas normas migratórias americanas.

No topo da lista de Havana, está o fim do embargo de Washington à ilha, em vigor desde 1962.

Já a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, declarou nesta quinta-feira que a prioridade de Washington é restabelecer as relações diplomáticas com a ilha, enquanto a normalização das relações em si será um processo mais amplo.

"Nosso foco agora é o restabelecimento das relações diplomáticas. Ainda haverá muito trabalho para fazer sobre isso, e entendemos que haverá pedidos que (os cubanos) tornaram públicos e que, certamente, discutiremos nas negociações", disse Psaki aos jornalistas.

Segundo ela, o restabelecimento das relações inclui "coisas como a abertura de embaixadas" nos respectivos países, o que permitirá trabalhar na normalização.

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Washington - Os esforços para recompor os laços entre Estados Unidos e Cuba não vão convencer Washington a devolver a Havana o controle da base de Guantánamo, no extremo sudeste da ilha - anunciou a Casa Branca, nesta quinta-feira.

"O presidente pensa, realmente, que a prisão da base de Guantánamo deve ser fechada. Mas a base naval não é algo que desejamos fechar", explicou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Esse território inclui uma importante base naval e um polêmico centro militar de detenção. O presídio começou a ser utilizado para manter reclusos suspeitos de terrorismo apenas quatro meses depois dos atentados de 11 do Setembro, em 2001.

O presidente Barack Obama já deixou clara sua intenção de fazer o que for necessário para fechar o local, determinação que ganhou destaque em seu último discurso anual sobre o Estado da União.

Estados Unidos e Cuba surpreenderam o mundo em 17 de dezembro passado, ao revelar sua intenção de pôr fim a meio século de desentendimentos e normalizar as relações diplomáticas, em um acordo selado em um histórico telefonema entre Obama e Raúl Castro.

Na quarta-feira, em seu discurso na Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), na Costa Rica, o presidente cubano, Raúl Castro, defendeu que a restituição do controle desse território de 116 km2 constitui um passo necessário para a normalização das relações com os EUA.

Esse território está sob controle americano desde 1903.

Em seu pronunciamento, Castro enumerou outras demandas para regularizar as relações, como a retirada de Cuba da lista americana de nações que patrocinam o terrorismo e mudanças nas normas migratórias americanas.

No topo da lista de Havana, está o fim do embargo de Washington à ilha, em vigor desde 1962.

Já a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, declarou nesta quinta-feira que a prioridade de Washington é restabelecer as relações diplomáticas com a ilha, enquanto a normalização das relações em si será um processo mais amplo.

"Nosso foco agora é o restabelecimento das relações diplomáticas. Ainda haverá muito trabalho para fazer sobre isso, e entendemos que haverá pedidos que (os cubanos) tornaram públicos e que, certamente, discutiremos nas negociações", disse Psaki aos jornalistas.

Segundo ela, o restabelecimento das relações inclui "coisas como a abertura de embaixadas" nos respectivos países, o que permitirá trabalhar na normalização.

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