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Cosan critica sobretaxa ao etanol dos EUA

A reclamação foi feita em encontro com empresários americanos em Brasília. Já a Petrobras informou sobre autorização dos EUA para operar no Golfo do México

Durante o debate, José Sérgio Gabrielli da Petrobras disse que a estatal recebeu autorização do governo americano para operar uma plataforma no Golfo do México (Divulgação)

Durante o debate, José Sérgio Gabrielli da Petrobras disse que a estatal recebeu autorização do governo americano para operar uma plataforma no Golfo do México (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2011 às 14h09.

Brasília - O presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello, aproveitou o encontro com empresários norte-americanos em Brasília para se queixar da taxação imposta pelos Estados Unidos ao etanol brasileiro.

"O etanol é extremamente taxado e o petróleo circula livremente. Essa é uma equação que precisa ser enfrentada. Está bem claro que isso é injusto", disse, durante debate sobre energia na Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos, por ocasião da visita do presidente norte-americano, Barack Obama, ao país.

O etanol brasileiro paga, nos EUA, uma sobretaxa de 0,54 dólar por galão. A remoção da barreira, porém, dependeria de aprovação no Congresso norte-americano.

Durante o debate, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que na quinta-feira a estatal recebeu autorização do governo dos Estados Unidos para operar uma plataforma de produção de petróleo no Golfo do México.

"Será uma plataforma de produção do mesmo tipo que temos aqui no Brasil. Devemos iniciar a produção brevemente", disse Gabrielli.

O presidente da Petrobras também comentou que as negociações para venda de petróleo aos Estados Unidos são feitas entre empresas, e não com o governo - como acontece, por exemplo, com a China.

Pouco antes do pronunciamento de Gabrielli, o subsecretário para Política e Assuntos Internacionais do Departamento de Energia dos EUA, David Sandalow, disse que, quando o Brasil passar a exportar petróleo, os Estados Unidos querem ser "um bom comprador." O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Martins Almeida, presente ao evento em Brasília, disse desconhecer pré-acordos para exportar petróleo do pré-sal para os EUA, mas disse que, "em sete ou oito anos o Brasil terá petróleo para vender." (Reportagem de Leonardo Goy)

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