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EUA celebram decisão do Irã de julgar americano novamente

Cidadão americano de origem iraniana foi acusado de espionagem e condenado à morte em janeiro

Victoria Nuland lembrou que o governo americano estava 'extremamente preocupado' pela condenação à forca de Hekmat (Massoud Hossaini/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2012 às 21h16.

Washington - O governo dos Estados Unidos se mostrou satisfeito nesta segunda-feira ao ser informado de que a Corte Suprema do Irã ordenou a repetição do julgamento contra um cidadão americano de origem iraniana que foi acusado de espionagem e condenado à morte em janeiro.

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, disse em sua entrevista coletiva diária que Washington não pôde confirmar se o Supremo emitiu efetivamente a ordem, mas teve acesso a informações 'críveis' a respeito.

'Se é certo que agora haverá um novo julgamento, é um acontecimento bem-vindo. Esperamos que ele possa se reunir em breve com sua família', disse Nuland.

O acusado é Amir Mirzaei Hekmat, nascido nos Estados Unidos em 1983 de pais iranianos, que foi detido em meados de dezembro e acusado de ter se infiltrado no Irã como agente da CIA (agência de inteligência americana).

No dia 9 de janeiro, Hekmat foi condenado por um tribunal de Teerã por espionagem, 'ofensa a Deus' e 'corrupção de raiz', acusações penadas com a morte na legislação muçulmana xiita do Irã.

No entanto, o porta-voz do Poder Judiciário e procurador-geral do Irã, Gholam Hussein Mohseni Ejei, explicou nesta segunda-feira que ao revisar o recurso apresentado, a Corte Suprema achou irregularidades no processo, por isso que decidiu remetê-lo a outro tribunal inferior para voltar a julgá-lo, segundo a agência iraniana 'Isna'.


Victoria Nuland lembrou que o governo americano estava 'extremamente preocupado' pela condenação à forca de Hekmat, sobre a qual a Casa Branca expressou sua 'firme condenação' em janeiro.

O Departamento de Estado pediu então à embaixada da Suíça em Teerã, que representa seus interesses na República Islâmica, que pedisse acesso consular a Hekmat, mas essa solicitação foi negada pelas autoridades iranianas.

'Infelizmente, não pudemos contatá-lo através do poder protetor suíço', lamentou a porta-voz, que explicou que isto acontece porque o Irã 'não reconhece a cidadania americana' de Hekmat.

Em 18 de dezembro, o Canal 3 da televisão oficial iraniana, 'IRIB', apresentou um vídeo de Hekmat no qual explicava que, em 2001, após terminar o ensino médio, ele entrou nas Forças Armadas dos Estados Unidos, onde teve treinamento militar e de inteligência e aprendeu línguas, especialmente árabe e persa.

Para sua missão no Irã, o suposto espião afirmava no vídeo que tinha recebido treinamento especial para se infiltrar nas agências de inteligência iranianas e que previamente tinha trabalhado para os serviços secretos militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.

Um dia antes, em 17 de dezembro, o Ministério de Inteligência iraniana tinha anunciado em comunicado a detenção de um suposto espião da CIA.

O comunicado afirmava que os Estados Unidos tinham preparado 'uma complexa trama' para infiltrar no aparelho de inteligência da República Islâmica do Irã e que a CIA organizou a parte operacional do plano com esta missão, acusações que a Casa Branca desmentiu.

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Washington - O governo dos Estados Unidos se mostrou satisfeito nesta segunda-feira ao ser informado de que a Corte Suprema do Irã ordenou a repetição do julgamento contra um cidadão americano de origem iraniana que foi acusado de espionagem e condenado à morte em janeiro.

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, disse em sua entrevista coletiva diária que Washington não pôde confirmar se o Supremo emitiu efetivamente a ordem, mas teve acesso a informações 'críveis' a respeito.

'Se é certo que agora haverá um novo julgamento, é um acontecimento bem-vindo. Esperamos que ele possa se reunir em breve com sua família', disse Nuland.

O acusado é Amir Mirzaei Hekmat, nascido nos Estados Unidos em 1983 de pais iranianos, que foi detido em meados de dezembro e acusado de ter se infiltrado no Irã como agente da CIA (agência de inteligência americana).

No dia 9 de janeiro, Hekmat foi condenado por um tribunal de Teerã por espionagem, 'ofensa a Deus' e 'corrupção de raiz', acusações penadas com a morte na legislação muçulmana xiita do Irã.

No entanto, o porta-voz do Poder Judiciário e procurador-geral do Irã, Gholam Hussein Mohseni Ejei, explicou nesta segunda-feira que ao revisar o recurso apresentado, a Corte Suprema achou irregularidades no processo, por isso que decidiu remetê-lo a outro tribunal inferior para voltar a julgá-lo, segundo a agência iraniana 'Isna'.


Victoria Nuland lembrou que o governo americano estava 'extremamente preocupado' pela condenação à forca de Hekmat, sobre a qual a Casa Branca expressou sua 'firme condenação' em janeiro.

O Departamento de Estado pediu então à embaixada da Suíça em Teerã, que representa seus interesses na República Islâmica, que pedisse acesso consular a Hekmat, mas essa solicitação foi negada pelas autoridades iranianas.

'Infelizmente, não pudemos contatá-lo através do poder protetor suíço', lamentou a porta-voz, que explicou que isto acontece porque o Irã 'não reconhece a cidadania americana' de Hekmat.

Em 18 de dezembro, o Canal 3 da televisão oficial iraniana, 'IRIB', apresentou um vídeo de Hekmat no qual explicava que, em 2001, após terminar o ensino médio, ele entrou nas Forças Armadas dos Estados Unidos, onde teve treinamento militar e de inteligência e aprendeu línguas, especialmente árabe e persa.

Para sua missão no Irã, o suposto espião afirmava no vídeo que tinha recebido treinamento especial para se infiltrar nas agências de inteligência iranianas e que previamente tinha trabalhado para os serviços secretos militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.

Um dia antes, em 17 de dezembro, o Ministério de Inteligência iraniana tinha anunciado em comunicado a detenção de um suposto espião da CIA.

O comunicado afirmava que os Estados Unidos tinham preparado 'uma complexa trama' para infiltrar no aparelho de inteligência da República Islâmica do Irã e que a CIA organizou a parte operacional do plano com esta missão, acusações que a Casa Branca desmentiu.

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