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EUA capturam suposto mentor do ataque de 2012 em Benghazi

Ataque matou quatro norte-americanos, incluindo o embaixador, Chris Stevens, e desencadeou uma tormenta política em Washington.


	Líbios próximos do local de uma explosão perto de uma delegacia de polícia em Benghazi
 (Esam Al-Fetori/Reuters)

Líbios próximos do local de uma explosão perto de uma delegacia de polícia em Benghazi (Esam Al-Fetori/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 17h33.

Washington - Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira terem capturado o suposto líder do ataque de 2012 contra o seu complexo diplomático de Benghazi, na Líbia, que matou quatro norte-americanos, incluindo o embaixador, Chris Stevens, e desencadeou uma tormenta política em Washington.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse em um comunicado ter autorizado a operação na Líbia no domingo, na qual tropas do seu país, trabalhando com forças de segurança locais, capturaram Ahmed Abu Khatallah.

“Desde os ataques mortais às nossas instalações em Benghazi, tornei uma prioridade encontrar e levar à justiça aqueles responsáveis pelas mortes de quatro corajosos norte-americanos”, disse Obama, acrescentando que Khatallah irá enfrentar “todo o peso do sistema de justiça dos Estados Unidos”.

Uma autoridade dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que Khatallah está sendo mantido a bordo de um navio norte-americano depois de ser pego nos arredores de Benghazi em uma operação realizada por forças das operações especiais dos EUA.

O secretário de imprensa do Pentágono, contra-almirante John Kirby, disse não ter havido baixas civis na operação e que todos os norte-americanos envolvidos deixaram a Líbia em segurança. O Pentágono não quis discutir detalhes da ação, e não ficou claro de imediato se houve baixas de não-civis.

Outra autoridade dos EUA declarou que Khatallah será acusado e processado no sistema de justiça do seu país e que não será enviado para a prisão de Guantánamo, em Cuba, que abriga supostos militantes da Al Qaeda.

Esta decisão se segue a uma prática anterior e está alinhada com a política de Obama de levar supostos militantes capturados no exterior aos tribunais norte-americanos, em vez de julgá-los em cortes militares de Guantánamo, instalação que ele promete fechar desde sua primeira campanha presidencial.

Uma queixa criminal divulgada pelo Tribunal Distrital de Washington acusa Khatallah de matar uma pessoa durante um ataque contra uma instalação federal, fornecer apoio material a terroristas e usar uma arma de fogo para cometer um crime violento.

Obama afirmou que Khatallah está sendo levado aos EUA.

"Agora ele está sendo transportado de volta para os EUA. Digo isso, antes de tudo, porque nós continuamos a pensar e orar pelas famílias daqueles que foram mortos durante esse terrível ataque", disse Obama durante um evento na Pensilvânia.

"Porém o mais importante para nós... é enviar uma mensagem ao mundo de que quando os norte-americanos são atacados, não importa quanto tempo leva, vamos encontrar os responsáveis ​​e vamos trazê-los à justiça." O Pentágono afirmou que os EUA notificaram o governo líbio sobre a operação, mas se recusou a revelar se a Líbia foi informada antes da captura. (Reportagem adicional de Susan Heavey, Julia Edwards e Roberta Rampton)

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