EUA avaliam restringir transações de Visa e Mastercard na Venezuela
A medida representaria mais um passo na campanha de pressão econômica dos EUA contra Nicolás Maduro
EFE
Publicado em 15 de março de 2019 às 15h07.
Última atualização em 15 de março de 2019 às 16h19.
Washington - O governo dos Estados Unidos está avaliando a possibilidade de impor sanções que impediriam as operadoras americanas Visa e Mastercard de processar pagamentos com cartões de crédito na Venezuela .
As discussões foram reveladas à Agência Efe por um funcionário do alto escalão da Casa Branca, que pediu anonimato.
A medida, que ainda está sendo estudada, representaria mais um passo na campanha de pressão econômica dos EUA contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Segundo a fonte ouvida pela Efe, a Casa Branca concluiu que tem autoridade legal para restringir as transações com cartões Visa e Mastercard na Venezuela porque ambas estão baseadas nos EUA.
Em Cuba, o uso dos cartões das duas operadoras é restrito devido ao embargo econômico americano. Em geral, só funcionam na ilha cartões emitidos por bancos de outros países.
O governo de Donald Trump ampliou a pressão econômica sobre Maduro nas últimas semanas com o objetivo de forçar que ele deixe o poder, permitindo que o opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, lidere uma transição democrática.
Os EUA foram o primeiro país do mundo a reconhecer Guaidó como presidente. Desde então, a Casa Branca adotou diferentes medidas para pressionar Maduro, incluindo a aplicação de sanções contra a PDVSA, principal fonte de receitas do governo chavista.
Na última segunda-feira, os EUA sancionaram o banco russo Evrofinance Mosnarbank por ajudar o governo da Venezuela a driblar as sanções econômicas impostas anteriormente.
A Casa Branca também enviou uma notificação formal a todos os bancos internacionais avisando que eles serão punidos se ajudarem no financiamento do governo de Maduro.
Outra opção que o governo americano está avaliando é, segundo a fonte ouvida pela Efe, a imposição de sanções às companhias que negociem com empresas controladas com Maduro, uma medida tomada contra grupos estrangeiros que compravam petróleo ao Irã.