Mundo

EUA advertem Irã sobre mais "isolamento" em disputa nuclear

País sofreu ameaças de um maior isolamento internacional se não conseguir responder às preocupações da agência nuclear da ONU a respeito de suas atividades nucleares

Trabalhadores iranianos em frente a usina de energia nuclear de Bushehr, ao sul de Teerã (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)

Trabalhadores iranianos em frente a usina de energia nuclear de Bushehr, ao sul de Teerã (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 14h00.

Viena - Os Estados Unidos advertiram o Irã, nesta quarta-feira, que o país enfrentará maior isolamento internacional se não conseguir responder às preocupações da agência nuclear da ONU a respeito de suas atividades nucleares, que o Ocidente suspeita terem fins militares.

A União Europeia também usou uma reunião do conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para aumentar a pressão sobre o Irã para deixar de obstruir uma investigação da agência sobre a suposta pesquisa de Teerã por um bomba atômica, algo que o Irã nega.

Os EUA e seus aliados ocidentais vêm sinalizando sua determinação de que o Estado islâmico deve dar à AIEA acesso a locais e documentos, independentemente de negociações mais amplas entre o Irã e as potências mundiais que foram retomadas na semana passada.

O enviado do Irã à agência da ONU reagiu, dizendo que as acusações sobre o programa nuclear de seu país eram "infundadas" e sugeriu que a AIEA, não Teerã, era a culpada pelo fracasso até agora em retomar o inquérito parado.

Alguns diplomatas dizem que o Irã está usando suas reuniões com a AIEA apenas para alavancar as negociações com as potências mundiais, que, ao contrário da agência da ONU, têm o poder de aliviar as sanções que recentemente apertaram sobre o importante produtor de petróleo.

O enviado dos EUA Joseph Macmanus acusou o Irã de "ações provocativas", particularmente a instalação de centrífugas avançadas que lhe permitem acelerar seu programa de enriquecimento de urânio.

"Estamos profundamente preocupados com o que parece ser o inabalável compromisso do Irã em enganar, desafiar e adiar", disse Macmanus ao conselho da AIEA.

Os países ocidentais temem que o Irã esteja enriquecendo urânio para desenvolver a capacidade de construir armas nucleares e impuseram várias rodadas de sanções. O Irã diz que o programa é legítimo e se destina a fins puramente pacíficos.

Israel argumenta que o Irã está secretamente tentando desenvolver uma arma nuclear e ameaçou com ataques preventivos se considerar que a diplomacia não teve resultado.

A AIEA, com sede em Viena, vem tentando há mais de um ano convencer o Irã a dar-lhe o acesso que precisa para a sua investigação, até agora sem progresso.

O Irã rejeitou pedidos da AIEA para visitar a instalação militar Parchin, onde os inspetores suspeitam que testes explosivos relevantes para o desenvolvimento de armas nucleares ocorreram, possivelmente, uma década atrás.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEnergiaEnergia nuclearEstados Unidos (EUA)InfraestruturaIrã - PaísPaíses ricos

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia