Estudo aponta que 25% das crianças do Reino Unido serão pobres em 2020
A política fiscal e de subsídios do atual governo britânico fará com que a renda média da população caia 7% no fim desta década, segundo pesquisa
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 09h42.
Londres - Uma em cada quatro crianças do Reino Unido viverão na pobreza absoluta no fim desta década, devido à política fiscal e de subsídios do atual governo britânico, informa um estudo publicado nesta terça-feira.
A análise feita pelo Instituto de Estudos Fiscais (IFS, na sigla em inglês), uma organização de pesquisa financeira independente, indica que a renda média da população cairá 7% no fim desta década, o que levará mais crianças à pobreza absoluta.
De acordo com o IFS, 3,1 milhões de crianças (23,1%) viverão na pobreza absoluta em 2020, em comparação com os 2,8 milhões (21,1%) contabilizados atualmente. Segundo o instituto, a pobreza 'absoluta' se dá quando uma família recebe menos de 60% da renda média.
A organização considera que os cortes nos subsídios às famílias aplicados pelo governo de coalizão e o aumento dos impostos, como o IVA (que passou de 17,5% para 20%), estão afetando as famílias.
O IFS acrescenta que a atual administração britânica não cumprirá com os objetivos de reduzir a pobreza, contidos na chamada Lei de Pobreza Infantil, aprovada pelo governo anterior com o apoio de todos os partidos em 2010 e que estabelecia que não mais de 5% das crianças deverão viver na pobreza absoluta no final desta década.
'O governo anterior aumentou consideravelmente a despesa em subsídios e ajudas fiscais para as famílias com crianças e a pobreza infantil caiu para cerca de um quarto entre 1998 e 2009', afirmou um dos autores do relatório, James Browne.
'Mas isto não foi suficiente para que o governo atingisse seus objetivos sobre a pobreza infantil', acrescentou.
No entanto, um porta-voz do governo informou nesta terça-feira que o estudo não leva em consideração o impacto que terá a mudança de comportamento das pessoas devido às alterações no chamado estado de bem-estar, já que a atual administração estimulará os cidadãos a procurar trabalho para não depender das ajudas estatais.
A diretora da organização Child Poverty Action Group, Alison Garnham, disse nesta terça que este 'relatório deixa as estratégias sobre a pobreza infantil e a mobilidade social do governo em perigo'.
'Os ministros parecem negar que, devido às atuais políticas, seu legado sobre a pobreza infantil pode ser o pior de todos os governos em 25 anos', acrescentou. EFE
Londres - Uma em cada quatro crianças do Reino Unido viverão na pobreza absoluta no fim desta década, devido à política fiscal e de subsídios do atual governo britânico, informa um estudo publicado nesta terça-feira.
A análise feita pelo Instituto de Estudos Fiscais (IFS, na sigla em inglês), uma organização de pesquisa financeira independente, indica que a renda média da população cairá 7% no fim desta década, o que levará mais crianças à pobreza absoluta.
De acordo com o IFS, 3,1 milhões de crianças (23,1%) viverão na pobreza absoluta em 2020, em comparação com os 2,8 milhões (21,1%) contabilizados atualmente. Segundo o instituto, a pobreza 'absoluta' se dá quando uma família recebe menos de 60% da renda média.
A organização considera que os cortes nos subsídios às famílias aplicados pelo governo de coalizão e o aumento dos impostos, como o IVA (que passou de 17,5% para 20%), estão afetando as famílias.
O IFS acrescenta que a atual administração britânica não cumprirá com os objetivos de reduzir a pobreza, contidos na chamada Lei de Pobreza Infantil, aprovada pelo governo anterior com o apoio de todos os partidos em 2010 e que estabelecia que não mais de 5% das crianças deverão viver na pobreza absoluta no final desta década.
'O governo anterior aumentou consideravelmente a despesa em subsídios e ajudas fiscais para as famílias com crianças e a pobreza infantil caiu para cerca de um quarto entre 1998 e 2009', afirmou um dos autores do relatório, James Browne.
'Mas isto não foi suficiente para que o governo atingisse seus objetivos sobre a pobreza infantil', acrescentou.
No entanto, um porta-voz do governo informou nesta terça-feira que o estudo não leva em consideração o impacto que terá a mudança de comportamento das pessoas devido às alterações no chamado estado de bem-estar, já que a atual administração estimulará os cidadãos a procurar trabalho para não depender das ajudas estatais.
A diretora da organização Child Poverty Action Group, Alison Garnham, disse nesta terça que este 'relatório deixa as estratégias sobre a pobreza infantil e a mobilidade social do governo em perigo'.
'Os ministros parecem negar que, devido às atuais políticas, seu legado sobre a pobreza infantil pode ser o pior de todos os governos em 25 anos', acrescentou. EFE